O
presidente Jair Bolsonaro já tem um discurso ensaiado para tentar tirar do seu
colo derrotas amargadas por boa parte de candidatos que ele apoiou nas eleições
municipais. O caso mais emblemático é o de Celso Russomano, que ficou em 4o lugar em São Paulo.
Segundo
integrantes do governo, a estratégia é defender a tese de que o apoio público
dado pelo presidente serviu para mostrar ao eleitor o seu contínuo incentivo ao
voto conservador, com o propósito de aprofundar os laços com essa base, em
especial, com os evangélicos.
Em
conversas recentes, quando aliados alertaram o presidente de que o cenário
estava ruim e as derrotas seriam associadas a ele, Bolsonaro já vinha saindo
pela tangente. Ele dizia que não mergulhou de cabeça nas campanhas, mas deu
apoios pontuais a alguns nomes. Na semana passada, Bolsonaro decidiu fazer um
"horário eleitoral próprio" com lives de apoio a candidatos.
Alguns ministros e integrantes do governo avaliam que a ideia de atuar nas eleições municipais foi um erro e que Bolsonaro deveria ter permanecido neutro, como era o plano inicial. Parte deles atribui a mudança de postura à influência do filho “03” de Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que abraçou o nome de vários candidatos.
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