Ainda
que os agentes políticos permaneçam paralisados e inoperantes, algo há de
acontecer. Porque a vida é fluxo, avanços e retrocessos, ambiguidade e
ambivalência, ordem e desordem, tensões e contradições. É ilusão achar que as
coisas ficarão suspensas no ar, imóveis como um colibri, à espera do néctar que
alguém fornecerá. É ilusão pensar que os cidadãos vão marchar, em ordem unida,
para um destino estabelecido de antemão por algum chefe ou alguma doutrina.
Se
há uma saída luminosa mais à frente, e quero crer que haja, ela precisa ser
apontada com lucidez, empenho e equilíbrio, o que só os democratas sinceros
poderão fazer. O momento é de diálogo e construção.”
*Professor Titular de Teoria Política da Unesp. “Uma sociedade à beira de alguma coisa”, O Estado de S. Paulo, 28/11/2020.
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