Livre!
Ser livre da matéria escrava,
arrancar
os grilhões que nos flagelam
e
livre penetrar nos Dons que selam
a
alma e lhe emprestam toda a etérea lava.
Livre
da humana, da terrestre bava
dos
corações daninhos que regelam,
quando
os nossos sentidos se rebelam
contra
a Infâmia bifronte que deprava.
Livre!
bem livre para andar mais puro,
mais
junto à Natureza e mais seguro
do
seu Amor, de todas as justiças.
Livre!
para sentir a Natureza,
para
gozar, na universal Grandeza,
Fecundas e arcangélicas preguiças.
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