Flávio,
Carlos e Eduardo lamentam a morte de policial na favela do Jacarezinho, no Rio,
e se calam sobre o massacre ali de 24 pessoas
Os
filhos zero se reencontraram com o pai em modo radical que os criou à sua
imagem e semelhança. Deram prova disso ao se sentirem à vontade para postar em
suas contas na internet notas lamentando a morte no Rio de um policial na favela do Jacarezinho.
Escreveu
Flávio, o senador:
“Meus sentimentos à família do inspetor de
polícia André Leonardo de Mello Frias, que tombou na honrada missão de defender
nossa sociedade do crime organizado. Dar a vida pela nossa segurança não é para
qualquer um, é para corajosos e vocacionados!”
Em
seguida, Carlos, o vereador:
“Meus sentimentos à família do policial
alvejado e assassinado em troca de tiros com traficantes na data de hoje no
Jacarezinho – RJ.”
Por
último, Eduardo, o deputado:
“Não surpreende ver deputados do PSol defendendo bandido enquanto policial tomba em serviço. Surpreende é pessoas acharem que o PSol defende pobre, quando é justamente nas zonas mais humildes que eles são menos votados”.
Nas
zonas mais humildes do Rio e de outras cidades, mandam o tráfico e as milícias,
quase sempre associados. Ali, só entram para pedir votos candidatos apoiados
por eles. Os Bolsonaro costumam ser muito bem votados nessas áreas.
A
polícia entrou atirando no Jacarezinho. Matou pelo menos 24 pessoas. Foi o massacre que resultou em mais mortes no Rio desde a
redemocratização do país em 1985. O governador Cláudio Castro lamentou
“tantas vidas perdidas”, mas parou por aí.
Quantos massacres faltam para que se reconheça que a política de assassinato em massa de inocentes e de eventuais culpados não acabará com o tráfico de drogas? O Estado existe para proteger vidas. Estado que deliberadamente mata é criminoso.
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