“Será
necessária a ação política (em sentido estrito) para que se possa falar de
"partido político"? Pode-se observar que no mundo moderno, em muitos países,
os partidos orgânicos e fundamentais, por necessidade de luta ou por alguma
outra razão, dividiram-se em frações, cada uma das quais assume o nome de
partido e, inclusive, de partido independente. Por isso, muitas vezes o Estado-Maior
intelectual do partido orgânico não pertence a nenhuma dessas frações, mas
opera como se fosse uma força dirigente em si mesma, superior aos partidos e às
vezes reconhecida como tal pelo público. Esta função pode ser estudada com
maior precisão se se parte do ponto de vista de que um jornal (ou um grupo de jornais),
uma revista (ou um grupo de revistas) são também "partidos",
"frações de partido" ou "funções de determinados partidos",”
*Antonio Gramsci (1891-1937), Cadernos do
Cárcere, 3ª Edição, v. 3, p. 349. Editora Civilização Brasileira, 2007.
Um comentário:
É isso mesmo: frações de partido, que tentam abarcar o universo de seguidores. Com isso, fragmentam os caminhos propostos, e geram a insegurança política na sociedade.
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