Tucanos também insistirão na convocação de Paulo Sérgio Passos
Cristiane Jungblut
BRASÍLIA. A oposição manterá a estratégia de cobrar novas investigações e de tentar a convocação do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, mesmo depois da demissão de Luiz Antonio Pagot. O líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), disse que discutirá com outros líderes da oposição a viabilidade política de uma CPI dos Transportes.
Hoje, em pleno recesso parlamentar, o tucano estará em Brasília para cobrar da Comissão Representativa do Congresso a aprovação do pedido de convocação de Passos.
Na prática, é apenas uma atitude política da oposição para manter a pressão sobre o governo. Duarte Nogueira tentará falar com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), mesmo sabendo que seu requerimento não deve ser apreciado esta semana.
- A saída dos envolvidos, que agora chega a 18 com a demissão de Pagot, não cessa o prejuízo e as irregularidades de milhões e milhões de reais. Não se esgota o assunto com o afastamento de Pagot. Tem que haver uma pressão da opinião pública. Temos que ver a extensão dos danos, processar essas pessoas - disse.
Sobre a abertura de uma CPI, o tucano disse que precisa conversar com os aliados DEM e PPS. Para ele, é preciso agora investigar as superintendências do Dnit e não apenas os atos de má gestão dos diretores.
- A impressão é de uma profundidade sistêmica tão grande que, para onde a gente olha, há problemas - disse o tucano.
O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que a oposição perdeu a chance de ser mais contundente quando Pagot depôs na Câmara e no Senado. Na ocasião, Pagot poupou o governo:
- Pagot esteve lá na Câmara, por que a oposição não investigou? Para se abrir uma CPI, é só ter motivo e conseguir as assinaturas - disse Vaccarezza, irônico.
FONTE: O GLOBO
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