PSDB de Minas Gerais quer garantir consenso em torno da candidatura de Aécio Neves à Presidência
Vice-presidência e secretaria geral são os espaços que serão oferecidos
Isabella Lacerda
Para assegurar o apoio do PSDB de São Paulo, lideranças próximas ao senador mineiro Aécio Neves admitem que pretendem negociar cargos na nova executiva nacional do partido, que será eleita em maio. Essa seria uma forma de manter a adesão dos paulistas, principalmente os ligados ao ex-governador José Serra, à candidatura de Aécio à presidência nacional do partido e também ao Palácio do Planalto, em 2014.
A avaliação feita por tucanos próximos ao senador mineiro é que a sinalização dada pela ala paulista na última segunda-feira durante palestra em São Paulo foi suficiente, mas que é preciso manter, futuramente, o apoio de todo o partido.
"São Paulo tem a maior bancada, não seria nada estranho se tivesse mais algum cargo na executiva nacional", ressaltou o deputado federal e líder da minoria na Câmara dos Deputados, Paulo Abi-Ackel (PSDB). "Ainda não sei quais são especificamente as reivindicações que eles fazem, mas acho natural que algum deputado paulista venha a ser vice-presidente nacional ou tenha algum outro cargo importante", completou.
O deputado federal Rodrigo de Castro lembra que "o PSDB de São Paulo já tem a liderança da Câmara dos Deputados e do Senado", mas ressalta a importância dessa ala "se sentir bem contemplada".
Ligado ao grupo do ex-governador José Serra, o atual vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman (SP), tem sido considerado nome de consenso entre Aécio e lideranças paulistas para compor uma chapa com o senador, seja para ser mantido na vice-presidência do partido ou como secretário geral da legenda. A confirmação do nome de Goldman seria um sinal de consenso em torno de Aécio.
Os tucanos já se movimentam para negociar esses espaços. Na noite de terça-feira, Aécio se reuniu com a bancada de deputados federais do PSDB para ouvir, além de sugestões sobre caminhos a serem seguidos a partir de agora, demandas sobre cargos na nova executiva nacional.
Avaliação. Por considerarem suficientes as declarações de apoio dos paulistas, alguns tucanos minimizaram, ontem, a declaração do governador Geraldo Alckmin que disse que "o fato de ele ter lançado o nome de Aécio para a presidência do partido não significa que defenda também o nome do senador para a Presidência.
"O apoio dele já está dado, mas ele é habilidoso e não pode colocar o carro na frente dos bois", defendeu Abi-Ackel.
Fonte: O Tempo (MG)
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