Polícia Federal quer mais detalhes de acusações feitas pelo operador do mensalão contra Lula em setembro de 2012.
Fausto Macedo, Felipe Recondo e Alana Rizzo.
O empresário Marcos Valério, operador do mensalão, presta rá novo depoimento à Polícia Federal A data e o local são mantidos em sigilo pela PF e por seus advogados. Valério devei a explicar e dar mais detalhes das acusações feitas ao Ministério Público em setembro - na época, o Supremo Tribunal Federal julgava o processo do caso.
Uma das acusações a detalhar será a que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o então presidente da Portugal Telecom Miguel Horta. Na opinião do procurador da República Francisco Guilherme Vollstedt Bastos, um dos designados para o caso, as acusações de Valério indicariam a "possível ocorrência dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal".
O depoimento, revelado pelo Estado, desdobrou-se em investigações abertas a pedido da Procuradoria-Geral da República no Distrito Federal para apurar as acusações de Valério contra Lula e o PT. Neste novo depoimento, os investigadores querem que Valério dê detalhes das acusações - em vários momentos, o operador do mensalão foi telegráfico ao narrar sua versão dos fatos.
Entre as acusações, Valério afirmou que o "governo/PT" recebeu US$ 7 milhões da Portugal Telecom, acerto feito entre Lula, Palocci e Horta. O valor teria sido pago por meio de contas de fornecedores da empresa portuguesa em Macau (China). Marcos Valério apresentou ao MP os números das contas que teriam recebido os re-: cursos. Dentre elas, estariam as dos publicitários Duda Mendonça e Nizan Guanaes.
"Não resta dúvida, portanto, quanto à atribuição da Procuradoria (ido DF) , já que as autoridades mencionadas não mais possuem foro privilegiado" afirmou o procurador da República.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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