Eduardo mantém nome em novo recado político
Pedro Romero
BELO JARDIM (PE) - Em passagem por este município no Agreste pernambucano, o governador Eduardo Campos (PSB) afirmou, ontem, que "o espaço para quem vai representar a esperança de um Brasil melhor" nas próximas eleições presidenciais (2014) está em aberto. Para o socialista, potencial candidato à Presidência da República, as manifestações ocorridas nos últimos 40 dias mudaram a situação política do País e deixaram o processo eleitoral à espera de quem possa dar respostas aos anseios do povo.
"O espaço para quem vai representar a esperança de dias melhores, as mudanças, está em aberto. Quem imaginaria, há 40 dias, que a situação política iria mudar tanto, com as manifestações que aconteceram?", afirmou Eduardo Campos.
Embora enfatizando que o momento é de trabalhar para vencer 2013, o governador aproveitou para alfinetar a presidente Dilma Rousseff (PT), afirmando que a União precisa dar respostas aos anseios da população.
"É hora de cuidar da economia, botar o Brasil para crescer. O governo federal precisa colocar mais dinheiro na saúde. A tabela paga pelo SUS está congelada há dez anos e assim não se pode oferecer um serviço de qualidade à população. Precisamos de respostas objetivas", atacou o governador e presidenciável pelo PSB.
Indagado se não era a hora de ele aproveitar "o cavalo que estaria passando selado", o governador socialista respondeu, bem humorado, que "em 2014 a gente vê como está o cavalo". Ele acrescentou que a resposta - sobre a eleição presidencial - vai depender do que for melhor para Pernambuco e para o Brasil.
O governador lembrou que já alertou a presidente Dilma sobre as insatisfações. "Tínhamos esses sinais (de insatisfações) e eu disse isso a ela. Alertei que a base de sustentação do governo estava ultrapassada. Disse, no programa do PSB (na TV), que o Brasil queria mais. E pouco depois a população mostrou isso nas ruas. Agora, o voto do povo vai exigir essas mudanças", pontuou.
Para Eduardo, não é hora de ficar torcendo contra, mas de cada um fazer sua parte para ajudar a presidente. "Temos que juntar forças. Todos nós temos que ouvir mais o povo. Não só ouvir, mas fazer. Temos uma pauta concreta, a da saúde. Precisamos, por exemplo, melhorar o atendimento na média complexidade".
Ele também considerou natural que o PT insista na questão da aprovação de um plebiscito.
As declarações foram dadas em visita a esta cidade do Agreste, onde o governador assinou ordens de serviços para a realização de várias obras, entre elas a escola técnica estadual Edson Moura. À tarde, Eduardo visitou a fábrica de baterias Moura.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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