• Para ela, apoio do PSB a tucano não ameaça chapa
Paulo Peixoto – Folha de S. Paulo
BELO HORIZONTE - A ex-senadora Marina Silva afirmou nesta segunda-feira (9) que sua divergência em relação à indicação do PSB de apoiar a reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não irá afastá-la da chapa de Eduardo Campos para a disputa da Presidência.
Candidata à vice de Campos (PSB), Marina reafirmou, no entanto, que não subirá no palanque de Alckmin.
"Não estamos discutindo a chapa. A chapa e o programa [de governo] estão compatíveis com o que foi a nossa discussão no dia 5", disse em visita a Belo Horizonte.
Marina se referia ao último dia 5 de outubro, quando firmou a aliança com Campos, ingressando no PSB, após o Tribunal Superior Eleitoral barrar a criação da Rede Sustentabilidade, partido pelo qual a ex-senadora pretendia disputar a Presidência.
"O que saiu dessa compatibilidade foi o compromisso que o Márcio França [presidente do PSB-SP] tinha assumido, de que haveria candidatura própria em SP."
Na sexta-feira, o diretório do PSB paulista aprovou por unanimidade o apoio à reeleição de Alckmin. A decisão deve ser referendada em convenção no próximo dia 21.
Ex-secretário de governo na gestão Alckmin, França é o principal defensor da aliança e pode ser candidato à vice-governador ou ao Senado na chapa tucana, a depender das negociações.
Marina também disse ontem que ainda espera que o PSB paulista reveja sua posição e que ela e Campos estão "manejando essas diversas situações" pelo país.
A ex-senadora tem defendido que candidatos próprios do PSB nos Estados ajudam a consolidar o partido como uma terceira via, alternativa aos projetos nacionais do PT e do PSDB.
Em Minas Gerais, é provável que o PSB tenha candidato próprio ao governo do Estado, mas não há sintonia entre os pessebistas e os integrantes da Rede, que, assim como Marina, se filiaram à sigla para poder participar da eleição deste ano.
O PSB deve indicar o deputado federal Júlio Delgado, aliado político do senador Aécio Neves, candidato tucano à Presidência. Já o nome defendido pela Rede para o governo mineiro é o do ambientalista Apolo Heringer.
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