• Falta de acordo tem dificultado, também, entrada formal do PPS na aliança
Marcelo Remígio – O Globo
RIO — O ninho tucano deu um ultimato ao DEM fluminense para que confirme sua participação, junto com o PSDB, no chapão que reúne, atualmente, 15 partidos em torno da campanha à reeleição do governador Luiz Fernando Pezão, abrindo espaço no palanque do PMDB no Estado do Rio para o senador e candidato a presidente Aécio Neves (PSDB). Os tucanos esperam que o diretório regional do DEM chegue a um acordo até quarta-feira.
As negociações para o chapão e o apoio ao movimento "Aezão" - lançado na última quinta-feira por dissidentes do PMDB que defendem a aliança de Pezão com Aécio - são conduzidas pelo próprio senador mineiro. Aécio tenta convencer o vereador e ex-prefeito Cesar Maia (DEM) a desistir de sua candidatura ao Palácio Guanabara. Sem a decisão do grupo de Cesar, o PSDB - aliado histórico do ex-prefeito - não consegue formalizar o apoio ao PMDB, o que impedirá, inclusive, a confecção de material de campanha de Aécio com Pezão.
A falta de acordo também afasta o PPS - que fechou apoio nacional à candidatura tucana - da aliança de Pezão. PSDB, DEM e PPS já estão juntos no Rio na coligação proporcional.
Cesar é reticente em aceitar o apoio ao PMDB, partido do atual prefeito e ex-integrante de seu grupo, Eduardo Paes. O ex-prefeito é um dos principais adversário de Paes na Câmara municipal e tem se limitado a dizer que sua candidatura está de pé, e que se discute apenas a ampliação da aliança com o PSDB e o PPS.
- O DEM tem candidato a governador. Discute-se a abrangência da coligação - afirma Cesar Maia, que tem sido pressionado por caciques nacionais do DEM a trabalhar pelo palanque de Aécio.
Entre os defensores no DEM de um acordo com o PSDB no Rio - e, em consequência, com o PMDB - estão o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, e o senador Agripino Maia (RN).
Assim que começaram a discutir a aliança com o PMDB, Cesar colocou como condição para a negociação a vaga de senador para o DEM. No entanto, o próprio PMDB ficou com o Senado na chapa de Pezão, garantindo a primeira suplência para o PSD e evitando que o partido migrasse para a candidatura a governador do senador petista Lindbergh Farias. Também estava na fila da vaga ao Senado o PP.
- A falta de uma definição do DEM acaba dificultando a entrada também do PPS na chapa. Também estão em discussão questões como material de campanha, que só poderá ter Aécio e Pezão juntos se a aliança for formalizada. O comando do PMDB do Rio pode estar com o PT de Dilma, mas o restante do partido está com Aécio. Temos que viabilizar uma candidatura ao estado que agregue à campanha de Aécio - afirma o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ).
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