• Causa da morte do político tucano não foi informada
Juliana Castro – O Globo
RIO - Morreu na madrugada desta terça-feira o ex-governador Marcello Alencar (PSDB). Antes das 7h, o presidente do PSDB no Estado do Rio, deputado estadual Luiz Paulo, e o presidente do partido na capital, deputado federal Otávio Leite, já haviam postado mensagens nas redes sociais sobre o falecimento do companheiro de partido.
Marcello Alencar tinha 88 anos. A causa da morte não foi informada pelos dois tucanos, que postaram fotos ao lado do ex-governador.
"É com pesar que informo a morte do ex-prefeito do Rio e ex-governador Marcello Alencar, aos 88 anos, na madrugada desta terça-feira. Tinha Marcello Alencar como um honrado e respeitado homem público, além de grande líder. Meus pêsames à família e aos muitos amigos que deixa", postou Luiz Paulo no facebook.
"O dia amanheceu triste. Faleceu está madrugada Marcello Alencar. Meu amigo, professor, e minha referência política. Sua história será digna de importantes registros. Saudades", escreveu Otávio Leite na rede social.
Alencar morreu às 4h15m, em casa, no bairro de São Conrado, na Zona Sul do Rio.
- Ele já tinha tido dois AVCs (acidente vascular cerebral). Ia fazer 89 anos em agosto. Foi senador, advogado de presos políticos, prefeito do Rio duas vezes e governador. Estivemos juntos esse tempo todo. Ele tem um histórico imenso. Era presidente de honra do PSDB do Rio. Perdemos a nossa referência aqui no Rio - afirmou Luiz Paulo ao GLOBO.
Advogado, Marcello Nunes de Alencar foi senador pelo antigo estado da Guanabara. Marcello Alencar foi um dos oito senadores cassados pelo regime militar. Ele perdeu o mandato em 1969, após o Ato Institucional nº5, o AI-5. Com a Lei de Anistia, ingressou no projeto político do líder de oposição Leonel Brizola (1922-2004) e filiou-se ao recém-criado PDT.
No primeiro governo de Brizola no estado do Rio (1983-1986), Alencar presidiu o Banerj e foi nomeado prefeito da capital, cargo que ocupou até 1986. Em 1989, após o governo de Roberto Saturnino Braga, ele voltou à prefeitura, dessa vez eleito pelo voto popular. Rompeu com o governador Brizola e, em 1993, filiou-se ao PSDB, apoiando no ano seguinte a candidatura de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República e elegendo-se governador do Rio.
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