Aécio se aproxima de Marina
• Datafolha indica empate técnico; no Ibope, vantagem da ex-senadora é de 5 pontos. Dilma lidera
Silvia Amorim e Tiago Dantas – O Globo
SÃO PAULO - Uma nova rodada de pesquisas de intenção de votos divulgada ontem mostrou que a diferença entre os presidenciáveis Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) caiu ainda mais esta semana. No levantamento do Instituto Datafolha, o intervalo entre os dois passou de cinco para três pontos percentuais desde terça-feira. No Ibope, a diferença era de seis pontos e passou para cinco no mesmo período. A presidente Dilma Rousseff (PT) segue na liderança em ambas as sondagens eleitorais, com 40%. Na soma dos votos válidos, ela tem 45% e 47%, respectivamente, no Datafolha e no Ibope. Para uma vitória no primeiro turno, é preciso que o candidato tenha mais de 50% dos votos válidos.
No Datafolha, Marina oscilou negativamente de 25% para 24% em comparação ao levantamento de terça-feira passada, enquanto Aécio oscilou positivamente de 20% para 21%. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais, os dois estão empatados tecnicamente. É a segunda vez, depois da primeira pesquisa realizada após a morte do então presidenciável Eduardo Campos (PSB), que Aécio e Marina aparecem empatados. Na outra vez, em 16 de agosto, Marina aparecia com 21% e o tucano com 20%.
Dilma manteve os 40%, e os demais candidatos somaram 4%. Votos em branco e nulos continuaram em 5%, mesmo patamar dos indecisos.
Presidente vence também no segundo turno
Na simulação de segundo turno, Dilma vence os dois oponentes pelo mesmo placar: 48% a 41%. Em comparação com a pesquisa anterior, a presidente oscilou para baixo, enquanto o tucano e a ex-senadora não tiveram alteração nas intenções de voto. Com Marina, Dilma tinha 49% contra 41%. Com Aécio, ela havia registrado 50% contra 41%.
No Ibope, Dilma oscilou um ponto para cima - de 39% para 40% - , Marina oscilou um ponto para baixo - de 25% para 24% - e Aécio manteve a intenção de voto de 19%. Luciana Genro (PSOL) e Pastor Everaldo (PSC) aparecem com 1%. Somados, os candidatos Eduardo Jorge (PV), Zé Maria (PSTU), Rui Costa Pimenta (PCO), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB) têm 1%. Votos brancos e nulos somaram 8%. Os eleitores que não sabem ou não responderam representaram 7%.
No segundo turno, o Ibope mostra um descolamento entre Dilma e Marina. Na terça-feira passada, elas estavam empatadas tecnicamente, com Dilma numericamente à frente - 42% a 38%. A margem de erro da pesquisa também é de dois pontos. Agora, a vantagem para a presidente subiu para sete pontos, tirando-a do empate - 43% a 36%. Com Aécio, o cenário era de 45% a 35% no levantamento anterior e agora é de 46% a 33%. Em uma simulação entre Marina e Aécio, a ex-ministra do Meio Ambiente venceria por 38% a 33%.
O Ibope mostrou que Dilma subiu cinco pontos no Nordeste, de 49% para 54% das intenções de voto. Na região, Marina foi de 25% para 24% e Aécio perdeu três pontos, de 10% para 7%.
No Sudeste, Dilma oscilou de 30% para 32%, dentro da margem de erro de dois pontos, enquanto Marina foi de 27% para 25%. Aécio se manteve com 23% na região que tem o maior número de eleitores no país.
No Sul, Dilma caiu três pontos, e agora tem 37%. Marina subiu de 16% para 25%, recuperando patamar que tinha na pesquisa divulgada semana passada. Aécio oscilou dois pontos negativamente entre os eleitores de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, indo de 25% para 23% das intenções de voto.
Nos estados do Norte e do Centro-Oeste do país, a presidente caiu de 44 para 41, enquanto Marina manteve-se estável em 27% e o tucano recuou de 21% para 16%.
O Ibope ouviu 3.010 eleitores entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro em pesquisa encomendada pelo jornal "O Estado de S.Paulo". A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-00942/2014.
A pesquisa Datafolha foi contratada pelo jornal "Folha de S.Paulo" e pela TV Globo e foi registrada no TSE com o número BR-00933/2014. Foram 12.148 entrevistados entre 1 e 2 de setembro.
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