• Após o último debate na TV, candidata do PSB desconversou se procuraria apoio de Aécio Neves
Alexandre Rodrigues – O Globo
RIO - A candidata do PSB à presidência, Marina Silva, disse, em entrevista coletiva após o debate da TV Globo, que acredita na chegada ao segundo turno e que tem certeza da vitoria, mesmo com o que chamou de disputa desigual contra a máquina de propaganda de Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.
Perguntada se procuraria apoio do candidato do PSDB, Aécio Neves, numa eventual participação dela no segundo turno, desconversou. Os dois tiveram um áspero embate em que Marina o acusou de atacá-la injustamente do mesmo jeito que diz ser vítima do PT.
— Segundo turno a gente discute no segundo turno. Até o dia 5 de outubro vamos continuar apostando no projeto que representamos para o Brasil. Apresentamos um programa de governo que trata das questões maus importantes para o nosso pais, como o crescimento econômico, que hoje é pífio, de 0,9%, ameacando o emprego e as conquistas que os trabalhadores já alcançaram.
Marina afirmou que, após a conquista de avanços sociais que mudaram a vida das famílias, o pais precisa de melhores serviços públicos para melhorar o bem-estar das pessoas fora de casa.
— Temos a clareza de que a sociedade brasileira, que conquistou a duras penas alguns ganhos dentro da sua casa, agora quer ter um governo que amplie esses ganhos da porta pra fora — disse.
Marina acrescentou que o brasileiro quer receber do Estado serviços de qualidade em áreas como saúde, educação e habitação na proporção dos impostos que paga.
— Com certeza, é com esse programa de governo que nós vamos para o segundo turno.
A candidata disse ainda que será levada pelo povo ao segundo turno e que sua vitória significará uma renovação da política e melhoria na gestão pública para o combate da corrupção, da ineficiência e da incompetência. Em apenas cinco minutos de entrevista, ela não avaliou o debate.
Marina disse que a nova proposta que fez durante o debate de instituir um décimo-terceiro salário para o Bolsa Família não foi planejada agora, a três dias da eleição. Segundo ela, a ideia era de Eduardo Campos, mas ela só apresentou agora porque sua equipe estava calculando a viabilidade orçamentária da proposta.
Após a entrevista, Marina foi direto para o Hotel Mercure, na Barra da Tijuca, onde está hospedada com os principais colaboradores da campanha. Conversou por cerca de dez minutos com o coordenador Walter Feldman ainda de pé no saguão, onde, sorridente, recebeu vários cumprimentos e tirou fotos. Em seguida, subiu para o apartamento.
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