• Petista é líder isolada com 40% das intenções de voto e venceria qualquer adversário num embate final, diz Datafolha
• Levantamento do Ibope divulgado nesta quinta indica a possibilidade de vitória da petista já no primeiro turno
Ricardo Mendonça – Folha de S. Paulo
SÃO PAULO - A disputa pela Presidência da República deverá chegar à fase final do primeiro turno com uma briga extremamente acirrada entre Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB).
O senador tucano conseguiu empatar com a ex-ministra do Meio Ambiente na disputa pelo segundo lugar.
Pesquisa Datafolha concluída nesta quinta (2) mostra Marina com 24% das intenções totais de voto e Aécio, com 21%. Como a margem de erro do estudo é de dois pontos para mais ou para menos, a situação é de empate técnico entre os dois postulantes.
A presidente Dilma Rousseff (PT) lidera isolada o primeiro turno com 40% --o mesmo patamar dos dois últimos levantamentos.
Atacada pelos rivais, com menos tempo de TV, dificuldades para explicar mudanças em seu programa e declarações contraditórias sobre a CPMF (o imposto do cheque), Marina cai ou oscila para baixo pesquisa após pesquisa desde o início de setembro.
No mesmo período, ocorreu o oposto com Aécio. Embora também tenha cometido erros e tenha sido atacado, ele variou positivamente pela quinta vez consecutiva.
A vantagem de Marina sobre o tucano chegou a ser de 20 pontos. Hoje é de 3 pontos.
Juntos, os outros candidatos somam 4% das intenções de voto. Brancos e nulos são 5%, indecisos são outros 5%.
Em votos válidos (conta que descarta brancos e nulos), o placar do primeiro turno na pesquisa Datafolha é Dilma com 45%, Marina com 27% e Aécio com 24%.
Nos testes de segundo turno, a presidente vence tanto Marina quanto Aécio com o mesmo resultado: 48% a 41%.
O levantamento mostra Dilma líder nas cinco regiões do país. No Sudeste, área com a maior concentração de eleitores, ela tem 32% (dois pontos a mais que no levantamento anterior), contra 28% de Marina e 26% de Aécio.
No Nordeste e no Norte, sua vantagem é folgada: 55% e 48%, respectivamente.
No Sul, Dilma alcança 38%, 10 pontos a mais que Aécio, 21 a mais que Marina. No Centro-oeste, a dianteira é um pouco mais apertada: 35% contra 28% da pessebista e 26% do tucano.
O Datafolha ouviu 12.022 eleitores na quarta e na quinta por encomenda da Folha em parceria com a TV Globo.
Com pequenas diferenças em relação aos dados do Datafolha --todas coerentes com as margens de erro--, um levantamento do Ibope também divulgado nesta quinta sugere outra grande indefinição nessa reta final da campanha: a possibilidade de Dilma vencer no primeiro turno.
Para isso, ela precisa ter mais de 50% do votos válidos.
Conforme o Ibope, a petista tem 40% dos votos totais; Marina tem 24%; Aécio, 19%.
O campo foi entre 29 de setembro e 1º de outubro, a margem de erro é de dois pontos.
Como o Ibope detecta totais ligeiramente maiores de branco ou nulo e indecisos (8% e 5%), Dilma alcança 47% dos votos válidos na simulação do instituto. Estaria, portanto, a 3 pontos de concluir a eleição no domingo.
Bolsa
A Bolsa conseguiu recuperar parte das perdas registradas após três sessões seguidas de queda e subir nesta quinta-feira. O Ibovespa subiu 1,25%, a 53.518 pontos ""após alternar vários momentos de alta e baixa no dia.
No mercado cambial, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia com queda de 0,14%, a R$ 2,484. O dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 0,28%, a R$ 2,492.
Desde o início da campanha eleitoral, o mercado financeiro tem reagido aos resultados das pesquisas eleitorais, subindo quando a oposição tem bom desempenho e caindo quando Dilma aparece melhor.
Analistas afirmam que investidores e operadores do mercado enxergam com bons olhos a possibilidade de mudança de gestão nas estatais, pois consideram a atual administração excessivamente intervencionista.
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