• Senador solicitou garantia da integridade física de quem é contra o governo
Maria Lima – O Globo
BRASÍLIA e RIO - Diante do que chamou de radicalização e impunidade do "exército do ex-presidente Lula e do Stédile", o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) encaminhou ontem um ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, exigindo que ele garanta a integridade física de quem participar das manifestações contra a presidente Dilma Roussef no próximo domingo. Da tribuna do Senado, ele questionou o argumento usado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que há vedação constitucional à investigação da presidente. Ele disse que ela não pode ser responsabilizada por atos anteriores ao mandato, mas refutou a tese de que ela não pode ser investigada.
- Essa Casa exige que o ministro da Justiça garanta à população brasileira o direito de se manifestar, de maneira ordeira e pacífica, para mostrar sua indignação contra o governo, contra esse exército do Lula, que é financiado por dinheiro público, o MST. O povo brasileiro nada tem a ver com esses assaltos sucessivos aos cofres públicos e entidades estatais - disse Caiado.
O consulado da França no Rio mandou e-mail para cidadãos franceses alertando sobre as manifestações programadas para hoje e domingo. No Senado, Caiado acusou o ex-presidente Lula de buscar a conflagração das ruas, estimulando o MST a antecipar o "Abril Vermelho", para intimidar os brasileiros que querem protestar contra o governo. O líder do DEM disse que participará, com sua família, dos protestos de domingo.
- O ex-presidente Lula vai à sede da ABI e diz: "não tem problema, vamos chamar o exército do Stédile para ir para as ruas". Esse exército do Stédile e do Lula matou ontem duas pessoas, e uma criança, morreu queimada. Ameaçam saquear todo o Brasil, destruíram pesquisa científica, mas, contra eles, não tem Guarda Nacional nem Polícia Rodoviária Federal. Os coletivos do Stédile e do Lula estão isentos como os coletivos do Chávez e do Maduro na Venezuela - atacou Caiado.
Sobre o parágrafo 4º do artigo 86 da Constituição Federal, que impede que o chefe da nação, durante a vigência de seu mandato seja "responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções", Caiado defendeu a tese de que, embora não possa ser responsabilizada, Dilma poderia ser investigada.
- Desafio qualquer jurista a provar essa tese. A investigação é que vai levar ao aprofundamento dos argumentos sobre ter ou não uma situação de impeachment. Dilma foi citada 11 vezes nas delações premiadas da Operação Lava-Jato, manteve a diretoria da Petrobras que a sociedade cansou de pedir para trocar. Para quê? Para dificultar provas de corrupção na empresa e repasse de recursos inclusive para a campanha dela? - questionou Caiado, rebatendo Janot e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. (Colaborou Dandara Tinoco)
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