• Ex-senadora não deixa claro posicionamento da Rede sobre rejeição de contas de Dilma
Por Júnia Gama – O Globo
BRASÍLIA - Ao participar de evento de lançamento da bancada da Rede Sustentabilidade na Câmara, nesta quinta-feira, a ex-senadora Marina Silva demonstrou preocupação com a crise política, mas evitou deixar claro como o partido irá se posicionar sobre a situação da presidente Dilma Rousseff, que teve suas contas rejeitadas pelo TCU, ou sobre a forma como a Rede irá agir em relação ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), denunciado na Lava-Jato.
Marina destacou que a crise política gerou uma “situação inédita” no país, com a presidente da República e os presidentes das duas Casas do Congresso, Cunha e Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, na berlinda. Marina afirmou que as denúncias contra Cunha serão analisadas “com todo rigor”, mas não antecipou se seu partido irá defender o afastamento do peemedebista do cargo.
— Vamos analisar todas as denúncias que estão sendo feitas com todo o rigor. Nesse momento, a Rede Sustentabilidade tem a clara consciência de que temos que ter muita responsabilidade com os destinos da nação. Temos uma situação inédita: a presidente da República tendo suas contas não aprovadas, a abertura de um processo no TSE quanto às denúncias de irregularidades na sua campanha e os dois presidentes das duas Casas igualmente sendo denunciados por envolvimento nas investigações da Lava-Jato.
Marina disse ter alertado, desde 2010, sobre as consequências do “atraso na política” sobre a vida dos cidadãos.
— O Brasil não pode continuar nessa situação de baixo crescimento, inflação e perda do emprego das pessoas por causa da grave crise política que está acontecendo. Eu dizia desde 2010: nós corremos o risco de perder o que conquistamos a duras penas. A estabilidade econômica, a inclusão social e até mesmo fragilizar a democracia por falta de avanço na política. O atraso na política iria propiciar isso e agora nós estamos vendo isso acontecer, com graves prejuízos políticos e institucionais, e até mesmo do ponto de vista do destino das pessoas.
A Rede conta agora com uma bancada de 5 deputados: Miro Teixeira (RJ), Alessandro Molon (RJ), Aliel Machado (PR), João Derly (RS) e Eliziane Gama (MA).
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