Temer recebe Aécio para discutir redução do número de partidos
• Segundo o senador tucano, que é contrário ao fim do financiamento de empresas para candidatos, o presidente em exercício se mostrou sensível e prometeu empenho a esse e demais temas da reforma política
• Segundo o senador tucano, que é contrário ao fim do financiamento de empresas para candidatos, o presidente em exercício se mostrou sensível e prometeu empenho a esse e demais temas da reforma política
Carla Araújo - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA – O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi recebido nesta quarta-feira, 27, pelo presidente em exercício Michel Temer e, segundo ele, conseguiu o apoio do presidente para dar agilidade às suas propostas de mudanças na Reforma Política. “Vim dar ciência ao presidente e vamos centrar esforços no fim das coligações proporcionais, que precisa ser enfrentado, e no reestabelecimento da cláusula de barreira”, disse.
Aécio lembrou que já conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para entregar uma emenda constitucional elaborada pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), da qual, segundo ele, é coautor. O texto prevê uma adoção gradual da cláusula: 2% em 2018 distribuídos em 14 Estados e 3% em 2022.
Segundo Aécio, Temer se mostrou sensível ao tema. “Ele disse que terá todo o empenho e marcamos uma nova conversa. Ele sabe que é um tema do Congresso, mas tem toda disposição em participar das discussões e envolver o seu partido”, afirmou. Aécio afirmou que pretende na semana que vem, logo após o fim do recesso, criar uma comissão especial para iniciar os debates e que os dois temas possam ser apreciados ainda este ano. “São dois temas que me parecem hoje aqueles mais próximos de alcançar maioria (no Congresso). Vamos centrar nossos esforços nesses temas, com apoio do presidente”, completou.
Aécio disse ainda que caso essas duas reformas forem aprovadas elas possibilitarão uma facilidade maior para outros temas, como a questão das reformas previdenciária e trabalhista.
O senador lembrou ainda que na época das discussões da reforma política ele se manifestou contrário ao fim do financiamento de empresas para candidatos. “Eu temo muito e manifestei essa posição a proibição definitiva de financiamento por pessoas jurídicas. Nos defendíamos que fossem restringidos, que houvesse um teto”, afirmou, ressaltando que “essa eleição municipal vai ser uma grande experiência”. “Vamos todos enfrentá-las com as regras que estão aí”, afirmou.
São Paulo. O senador minimizou o anúncio da chapa do ex-tucano Andrea Matarazzo como vice de Marta Suplicy, hoje no PDMB, e disse que os candidatos do PSDB são aqueles consagrados nas convenções do partido. “Em São Paulo nosso candidato é o João Dória e a partir de agora os adversários do PSDB não estão dentro do partido, vamos disputar para dar a São Paulo uma administração eficiente, ética, ousada, que olhe para o futuro”, disse. “Nosso principal adversário em São Paulo é o PT como continuará sendo”, completou.
Segundo Aécio, antes da convenção do partido era natural que existissem outras opções. “Outras alternativas existiam dentro do partido e é natural que nossas lideranças locais tivessem suas preferências, mas agora não há mais isso”, disse.
De acordo com Aécio, conforme a sua disponibilidade e a vontade dos candidatos ele participará ativamente das campanhas e que já está gravando para “centenas de candidatos”.
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