-Coluna do Estadão / O Estado de S. Paulo.
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A Comissão de Ética Pública da Presidência e a Procuradoria-Geral da República (PGR) discutem a assinatura de um acordo de colaboração para troca de dados sobre investigações criminais que envolvam autoridades. Integrantes do colegiado e da 5.ª Câmara de Combate à Corrupção do MPF elaboram texto com os pontos do protocolo. Com isso, a Comissão de Ética espera ter acesso as apurações da procuradoria para utilizá-las em processos instaurados pelo colegiado contra ministros e outras autoridades que podem levar a sanções éticas.
» Mais munição. “Nosso propósito é, na medida do possível, ter acesso a investigações que possam habilitar a comissão a dar as consequências ética pública que sejam cabíveis”, diz o presidente do colegiado, Mauro Menezes.
» Tem fila. A comissão tem enfrentando dificuldades para ter acesso a investigações contra ministros. Desde o dia 30, tenta que Edson Fachin, Supremo, libere gravações de Joesley Batista que comprometem o ministro Marcos Pereira (Indústria e Comércio).
» É isso ou isso. Relator da reforma da Previdência, o deputado Arthur Maia (PPS-BA) condicionou a apresentação de um novo texto ao troca-troca ministerial. Mesmo que seja apenas a votação da idade mínima para as aposentadorias.
» Prioridade. Maia prevê que sem isso a aprovação das mudanças na Previdência ficará para abril, quando os ministros-candidatos têm de deixar o cargo. “Sem reforma ministerial, não anda nada. Está nas mãos do presidente.”
» A base fugiu. A planilha que o deputado Beto Mansur (PRB-SP) vai entregar a Michel Temer no domingo não tem os números de votos para aprovar a Previdência, mas a proporcionalidade que cada bancada deve entregar. Líderes da base dizem que, se contados os votos, não chegam a cem.
» Pago depois. A falta de votos tem estimulado o governo cada vez mais a deixar a reforma ministerial para depois da votação da Previdência. O governo só contemplaria com cargos na Esplanada os partidos que efetivamente entregarem apoio das bancadas.
» Muito prazer. O ministro Torquato Jardim (Justiça) conheceu o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, seu mais novo subordinado, junto com o presidente Michel Temer, dia 8 de novembro. Ele recebeu uma foto do delegado para reconhecê-lo.
» Intimidade. O encontro de Segovia com Temer no Planalto, quinta, chamou a atenção de delegados pelo fato de ele não ter ido acompanhado do ministro da Justiça. Leandro Daiello nunca teve agenda com Dilma ou Temer sem a presença do chefe.
» Grudados. Na semana em que aumentou a pressão do Centrão pela Secretaria de Governo, o presidente Temer demonstrou apreço pelo ministro Antonio Imbassahy ao levá-lo em duas viagens oficiais para Itu (SP) e São Paulo.
» Em família. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina será palco de eleição inusitada para a escolha do seu novo presidente, na quinta. Concorre ao cargo o casal de desembargadores Cezar Augusto Abreu e sua mulher Maria Santa Ritta.
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