Deputados governistas acham que Michel Temer precisa reduzir gastos para, depois, pedir votos para a reforma da Previdência. Citam desperdícios em estatais como a Empresa de Planejamento e Logística, sob o comando do ministro Moreira Franco. A EPL custa R$ 99 milhões por ano e mantém 143 pessoas. No papel, cuida de planejamento e logística em transportes, tarefas idênticas às de outra estatal, a Valec, do Ministério dos Transportes, que gasta R$ 1,2 bilhão ao ano e possui 1.027 empregados. Ambas colecionam projetos caros e inconclusos: a EPL com o trem-bala, e, na Valec, as ferrovias Norte-Sul, Oeste-Leste e Transnordestina.
Com a caneta na mão
Cotado para assumir a Secretaria de Governo, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) defende que o destino do PSDB no Executivo vá além da frase do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), que decretou a saída do partido da base governista. O futuro ministro quer que os cargos dos tucanos no governo — objeto de desejo dos deputados do centrão — sejam logo cortados. E redistribuídos.
Cadeia de comando
Em meio à briga por cargos, tem gente na base do governo que vê digitais de Geddel Vieira Lima espalhadas além das notas dos R$ 51 milhões escondidos num apartamento em Salvador. Atribuem ao ex-ministro a nomeação de Júlio César de Araújo Nogueira para a Dataprev e ainda a manutenção de Ivani dos Santos na secretaria-executiva da Secretaria de Governo — onde fica a chave do cofre para liberação de emendas e distribuição de cargos no Executivo.
Mares controlados
Decisões tomadas pela Justiça Federal nesta semana reforçam o poder das agências reguladoras. Duas ações questionavam normas da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em relação ao mercado de cabotagem no Brasil: o limite de tonelagem e a necessidade de a empresa ter embarcação semelhante à fretada. Segundo José Dutra, advogado do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), se os pedidos tivessem prosperado, as agências perderiam poder de regular o mercado. A Justiça entendeu que os processos desequilibravam o setor e impediam a agência de exercer sua função.
Ao lado dos ‘golpistas’
Com “índices nordestinos” de votação na Baixada Fluminense, o ex-presidente Lula vai atrair peemedebistas na passagem de sua caravana pela região, na próxima semana. O prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, que deu o primeiro voto pelo impeachment de Dilma Rousseff, como deputado em 2016, é um dos que têm cooperado com a organização do evento.
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