Cotado para o Planalto, presidente da Câmara elogia apresentador, mas diz que ele não faz parte do projeto da legenda
Roberta Pennafort / O Estado de S. Paulo.
RIO - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, negou ontem a possibilidade de o apresentador Luciano Huck se candidatar à Presidência pelo DEM.
Na Sapucaí, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou ontem a possibilidade de o apresentador Luciano Huck sair candidato à Presidência da República por seu partido. Huck já descartou que vá se candidatar, mas estaria mantendo conversas com políticos sobre o processo de 2018 ainda assim.
“O DEM vai ter candidato a presidente, e o pré-candidato vai ser lançado em março. Temos o maior carinho pelo Luciano, mas nesse momento ele não faz parte do projeto do nosso partido. Vamos ter entre dez e 12 candidatos nos Estados e no início de março vai ficar claro que o partido vai seguir seu próprio caminho”, afirmou.
Cotado como possível candidato do DEM, Maia disse na semana passada que a “avenida está aberta” para todos os políticos que pretendem concorrer ao Palácio do Planalto, inclusive para ele. O presidente da Câmara confirmou que encomendou pesquisa para avaliar o cenário.
Planalto. Conforme o Estado revelou ontem, o apresentador entrou no radar do Palácio do Planalto. Sem expectativa de manter a unidade entre os aliados na eleição, os governistas mudaram a estratégia e passaram a elogiar Huck, sob o argumento de que ele pode até mesmo ter o apoio do MDB, se for candidato à cadeira de Temer. O movimento foi calculado para reagir às articulações do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e na tentativa de mostrar que o MDB pode desequilibrar o jogo.
Nos bastidores, auxiliares de Temer criticam Maia. Afirmam que o presidente da Câmara faz um discurso público favorável à reforma da Previdência, mas, na prática, lava as mãos e não ajuda a angariar votos para a aprovação da proposta.
O presidente da Câmara é um dos pré-candidatos que mais incomodam o Planalto porque tem capacidade de avançar em partidos da base governista.
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