(...)
Sobre meu coração chovem frias corolas.
Oh porão de escombros, feroz caverna de náufragos!
Em ti se acumularam as guerras e os vôos.
De ti alcançaram as asas dos pássaros do canto.
Tudo engoliste, como a distância.
Era a negra, negra solidão das ilhas,
e ali, mulher de amor, me acolheram os teus braços.
Era a sede e a fome, e tu foste à fruta.
Era a dor e as ruínas, e tu foste o milagre.
Ah mulher, não sei como me pudeste conter
na terra de tua alma, e na cruz de teus braços!
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