Camila Nóbrega
DEU EM O GLOBO
No Rio, queda é de 8,2%. De 14 regiões, apenas duas crescem
DEU EM O GLOBO
No Rio, queda é de 8,2%. De 14 regiões, apenas duas crescem
Os estados de Minas Gerais, Bahia e São Paulo foram os que mais contribuíram para a queda na produção industrial em dezembro de 2008, registrando reduções de 16,4%, 15,6% e 14,9%, respectivamente. Após divulgar, no início da semana, a maior queda já registrada na produção industrial brasileira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apresentou os dados regionais, mapeando os reflexos no panorama nacional.
O IBGE verificou quedas em 12 dos 14 locais pesquisados, como consequência das medidas para reduções na produção. Dessas áreas, as únicas que registraram crescimento foram Amazonas (0,9%) e Goiás (0,4%). Em comparação com janeiro de 2008, os resultados de Espírito Santo (-29,6%), Minas Gerais (-27,1%) e São Paulo (-14,5%) apontaram as maiores quedas desde 1991.
Segundo a coordenadora da pesquisa no IBGE, Isabella Nunes, os níveis de confiança de consumidores e empresários caíram em dezembro e ainda não foram retomados:
- Os empresários tinham estoques elevados e ainda não retomaram a produção, devido a incerteza sobre 2009. Para consumidores o problema é crédito. Os setores mais afetados são o automotivo e de extração de minérios de ferro.
Em dezembro, a queda na produção no Rio de Janeiro foi de 8,2% em relação a novembro. Em comparação com dezembro de 2008, a queda foi ainda maior, chegando a 9,6%.
Para o economista da UFRJ João Saboia, a novidade não é a queda, mas sua dimensão:
- Os números são muito fortes e mostram que os resultados estão relacionados ao tipo de indústria predominante no local. Regiões voltadas aos bens de consumo não duráveis, com indústrias mais sofisticadas, como Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo e Rio tiveram grandes quedas.
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