DEU EM O GLOBO
Foram R$ 5 milhões somente para reformar e mobiliar o prédio
Sérgio Roxo
SÃO PAULO. Segunda central mais beneficiada com recursos do Imposto Sindical em 2010, a Força investiu parte do dinheiro proveniente do tributo que recebeu nos últimos anos para comprar uma sede. Depois de gastar R$ 7,9 milhões, a entidade ocupa desde o começo do mês um prédio de 12 andares no bairro de Liberdade, no centro de São Paulo.
Antes, a central dependia de um espaço alugado. As instalações se restringiam a dois andares do edifício sede do Sindicato dos Metalúrgicos, também na Liberdade. Agora, a situação é bem diferente. Nos 12 andares, funcionam a Força nacional, o núcleo de São Paulo da entidade e o Sindicato dos Aposentados de São Paulo. Há apenas cerca de 80 funcionários no prédio.
Na compra do edifício, a central gastou R$ 2,88 milhões, segundo o secretáriogeral da entidade, José Carlos Gonçalves, o Juruna. Para reformar e o mobiliar o local, foram necessários outros R$ 5,037 milhões.
— Tivemos que trocar elevador, vidros e instalar rede de internet.
Graças aos recursos repassados do Imposto Sindical, a entidade não precisou recorrer a financiamentos bancários para realizar o seu sonho da sede própria. O secretário-geral diz que a Força precisava ter um espaço maior para melhorar o seu atendimento. A função das centrais é assessorar e orientar os sindicatos: — Toda entidade precisa de uma estrutura física, para fazer reunião, debates, guardar documentação, (precisa) de funcionários que possam ajudar na ação sindical. Aqui tem toda uma equipe que é destinada a esse tipo de trabalho.
Número de sindicatos filiados subiu de 992 para 1.783 De acordo com Juruna, com a mudança foi possível implantar secretarias voltadas para as categorias de cada setor econômico, como, por exemplo, de metalúrgicos e químicos.
Essas secretarias, segundo Juruna, podem organizar ações a nível nacional e reunir sindicatos que têm interesses comuns.
Outro argumento usado para justificar a necessidade de mais espaço na sede foi o aumento da quantidade de sindicatos filiados. Em 2008, a central reunia 992 sindicatos.
Hoje, são 1.783.
Apesar de bem estruturado, o prédio não tem grandes luxos aparentes.
Chama a atenção, porém, o hall de entrada com piso escuro de porcelanato e parede revestida.
Em novembro de 2007, O GLOBO mostrou que o imposto sindical pode ser usado também para manter mordomias de dirigentes sindicais. Um dos citados era Antonio Bekeredjian, o Toninho, do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo (Sintrapav). Ele usava, na época, um Mercedes-Benz para chegar ao trabalho e tinha telefones em seu nome registrados em imóveis de luxo. Um deles ficava no Condomínio Vleden Village, em Campos do Jordão, refúgio de milionários paulistanos nas épocas de frio. Outro telefone estava instalado em um apartamento da Avenida Presidente Wilson, em Santos, de frente para praia do Gonzaga, a principal da cidade. O sindicalista negou, na ocasião, ser dono dos imóveis.
A reportagem também mostrou que Almir Macedo Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Carga Própria de São Paulo, estava construindo uma casa na Serra da Cantareira, região ocupada por residências de alto padrão em meio à natureza, na Zona Norte paulistana. Ele disse, na época, que juntou o dinheiro ao longo de 30 anos para construir a casa.
Foram R$ 5 milhões somente para reformar e mobiliar o prédio
Sérgio Roxo
SÃO PAULO. Segunda central mais beneficiada com recursos do Imposto Sindical em 2010, a Força investiu parte do dinheiro proveniente do tributo que recebeu nos últimos anos para comprar uma sede. Depois de gastar R$ 7,9 milhões, a entidade ocupa desde o começo do mês um prédio de 12 andares no bairro de Liberdade, no centro de São Paulo.
Antes, a central dependia de um espaço alugado. As instalações se restringiam a dois andares do edifício sede do Sindicato dos Metalúrgicos, também na Liberdade. Agora, a situação é bem diferente. Nos 12 andares, funcionam a Força nacional, o núcleo de São Paulo da entidade e o Sindicato dos Aposentados de São Paulo. Há apenas cerca de 80 funcionários no prédio.
Na compra do edifício, a central gastou R$ 2,88 milhões, segundo o secretáriogeral da entidade, José Carlos Gonçalves, o Juruna. Para reformar e o mobiliar o local, foram necessários outros R$ 5,037 milhões.
— Tivemos que trocar elevador, vidros e instalar rede de internet.
Graças aos recursos repassados do Imposto Sindical, a entidade não precisou recorrer a financiamentos bancários para realizar o seu sonho da sede própria. O secretário-geral diz que a Força precisava ter um espaço maior para melhorar o seu atendimento. A função das centrais é assessorar e orientar os sindicatos: — Toda entidade precisa de uma estrutura física, para fazer reunião, debates, guardar documentação, (precisa) de funcionários que possam ajudar na ação sindical. Aqui tem toda uma equipe que é destinada a esse tipo de trabalho.
Número de sindicatos filiados subiu de 992 para 1.783 De acordo com Juruna, com a mudança foi possível implantar secretarias voltadas para as categorias de cada setor econômico, como, por exemplo, de metalúrgicos e químicos.
Essas secretarias, segundo Juruna, podem organizar ações a nível nacional e reunir sindicatos que têm interesses comuns.
Outro argumento usado para justificar a necessidade de mais espaço na sede foi o aumento da quantidade de sindicatos filiados. Em 2008, a central reunia 992 sindicatos.
Hoje, são 1.783.
Apesar de bem estruturado, o prédio não tem grandes luxos aparentes.
Chama a atenção, porém, o hall de entrada com piso escuro de porcelanato e parede revestida.
Em novembro de 2007, O GLOBO mostrou que o imposto sindical pode ser usado também para manter mordomias de dirigentes sindicais. Um dos citados era Antonio Bekeredjian, o Toninho, do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo (Sintrapav). Ele usava, na época, um Mercedes-Benz para chegar ao trabalho e tinha telefones em seu nome registrados em imóveis de luxo. Um deles ficava no Condomínio Vleden Village, em Campos do Jordão, refúgio de milionários paulistanos nas épocas de frio. Outro telefone estava instalado em um apartamento da Avenida Presidente Wilson, em Santos, de frente para praia do Gonzaga, a principal da cidade. O sindicalista negou, na ocasião, ser dono dos imóveis.
A reportagem também mostrou que Almir Macedo Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Carga Própria de São Paulo, estava construindo uma casa na Serra da Cantareira, região ocupada por residências de alto padrão em meio à natureza, na Zona Norte paulistana. Ele disse, na época, que juntou o dinheiro ao longo de 30 anos para construir a casa.
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