DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Aparentemente desconectada da campanha eleitoral, pela natureza do tema (drogas), a crítica do candidato José Serra ao governo boliviano obedece a uma estratégia de contestação da política externa brasileira, questionando sua eficiência e relação custo/benefício para o Brasil.
Para não pôr em risco o princípio de respeito à soberania das nações a abordagem crítica explora a relativização do conceito democrático e dos direitos humanos pelos países que recebem tratamento privilegiado do governo Lula.
Nesse contexto, a Bolívia foi precedida por Venezuela, Cuba e Irã e, no plano estritamente comercial, pela Argentina e China. Em pílulas, Serra vai expondo seu pensamento revisionista para a chancelaria brasileira.
Traz para o debate eleitoral a possibilidade de explorar as contradições do governo Lula, de discurso e prática democráticos no plano interno, mas indiferente aos desmandos em Cuba e Venezuela, tolerante com movimentos como as Farc, à qual ainda reconhece status político, e ingênuo na ação pela paz no Oriente Médio.
A politização do Mercosul e o reconhecimento da China como economia de mercado deram visibilidade ao conflito comercial e produziram a proposta de introduzir no currículo do Itamaraty a especialização em comércio externo, cuja gestão no governo é fragmentada, em ministérios e departamentos.
A serviço de Roriz
Setores do Ministério Público não gostaram do contexto festivo em que Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo Arruda, disparou sua mais recente denúncia, contra o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ).
Como já depusera sobre o suposto envolvimento de Maia com Arruda, o ato público foi interpretado como um favor a Joaquim Roriz, candidato a um quinto mandato pelo governo do DF, dessa vez pelo PSC.
Pressionado pelas autoridades para delatar Roriz, de cuja administração foi peça-chave, Durval mostra-se cada dia mais obediente ao ex-chefe, mesmo ameaçado de perder a contrapartida pela delação premiada, que é a redução de pena. Roriz está empenhado em tirar de seu caminho o DEM, seu concorrente ao governo local e também a parceiro numa possível aliança com o PSDB.
Vice a toda prova
A abertura de temporada no PSDB pela escolha do vice de José Serra, desmente todas as tentativas do partido de negar a espera excessiva pelo ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, apesar de todas as suas reafirmações de que concorreria ao Senado. De qualquer forma, o não definitivo de Aécio empresta objetividade ao Plano B dos tucanos, que pode ser o senador Marco Maciel, titular do cargo nos dois governos de Fernando Henrique. Ele volta a ganhar força por aglutinar o DEM em torno de seu nome, mas são mencionados ainda o ex-presidente do partido, Pimenta da Veiga e a senadora Kátia Abreu (DEM-TO).
Aparentemente desconectada da campanha eleitoral, pela natureza do tema (drogas), a crítica do candidato José Serra ao governo boliviano obedece a uma estratégia de contestação da política externa brasileira, questionando sua eficiência e relação custo/benefício para o Brasil.
Para não pôr em risco o princípio de respeito à soberania das nações a abordagem crítica explora a relativização do conceito democrático e dos direitos humanos pelos países que recebem tratamento privilegiado do governo Lula.
Nesse contexto, a Bolívia foi precedida por Venezuela, Cuba e Irã e, no plano estritamente comercial, pela Argentina e China. Em pílulas, Serra vai expondo seu pensamento revisionista para a chancelaria brasileira.
Traz para o debate eleitoral a possibilidade de explorar as contradições do governo Lula, de discurso e prática democráticos no plano interno, mas indiferente aos desmandos em Cuba e Venezuela, tolerante com movimentos como as Farc, à qual ainda reconhece status político, e ingênuo na ação pela paz no Oriente Médio.
A politização do Mercosul e o reconhecimento da China como economia de mercado deram visibilidade ao conflito comercial e produziram a proposta de introduzir no currículo do Itamaraty a especialização em comércio externo, cuja gestão no governo é fragmentada, em ministérios e departamentos.
A serviço de Roriz
Setores do Ministério Público não gostaram do contexto festivo em que Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo Arruda, disparou sua mais recente denúncia, contra o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ).
Como já depusera sobre o suposto envolvimento de Maia com Arruda, o ato público foi interpretado como um favor a Joaquim Roriz, candidato a um quinto mandato pelo governo do DF, dessa vez pelo PSC.
Pressionado pelas autoridades para delatar Roriz, de cuja administração foi peça-chave, Durval mostra-se cada dia mais obediente ao ex-chefe, mesmo ameaçado de perder a contrapartida pela delação premiada, que é a redução de pena. Roriz está empenhado em tirar de seu caminho o DEM, seu concorrente ao governo local e também a parceiro numa possível aliança com o PSDB.
Vice a toda prova
A abertura de temporada no PSDB pela escolha do vice de José Serra, desmente todas as tentativas do partido de negar a espera excessiva pelo ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, apesar de todas as suas reafirmações de que concorreria ao Senado. De qualquer forma, o não definitivo de Aécio empresta objetividade ao Plano B dos tucanos, que pode ser o senador Marco Maciel, titular do cargo nos dois governos de Fernando Henrique. Ele volta a ganhar força por aglutinar o DEM em torno de seu nome, mas são mencionados ainda o ex-presidente do partido, Pimenta da Veiga e a senadora Kátia Abreu (DEM-TO).
Nenhum comentário:
Postar um comentário