DEU NA FOLHA DE S. PAULO
A gerentona Dilma Rousseff gritava com ministros e presidentes de estatais, que mais de uma vez saíram chorando da conversa. A candidata Dilma, repaginada, superou expectativas e superou a si própria ao enfrentar a TV e os debates. A presidente eleita Dilma vai se revelando aos poucos.
No conteúdo, ela avisa que será cautelosa (ou conservadora) na política econômica, manterá o ritmo das obras de infraestrutura e aumentará investimentos na saúde e na segurança. Só surpreendeu até agora na área externa, ao criticar a "guerra cambial" entre os EUA e a China, a parceira nos Bric que deixou de ser apenas "emergente" e disputa a condição de potência.
Na forma, parece livre de um fardo, o da campanha. Desenvolta no "Jornal Nacional", estava coloquial na entrevista de ontem. Sorriu, brincou com as "meninas da imprensa", acenou para os governadores e elogiou o telefonema "republicano" do tucano Alckmin.
Passada a eleição, para alívio geral, Dilma vive uma natural fase "paz e amor", apesar de Lula não resistir a Lula e continuar espezinhando Serra. Deus sumiu, é verdade, mas ela estende a mão aos adversários e enaltece a democracia. A imprensa e os cidadãos devolvem com boa vontade.
Esse clima -apelidado de "lua de mel" -é tradicional na política brasileira, mas não precisa exagerar. Dilma diz que não vai mexer no câmbio flutuante e no superavit primário, e é uma festa. Diz que apedrejar Sakineh é "uma coisa muito bárbara" e todo mundo: "Ohhhh!". Peraí. Isso é o óbvio. Só faltava ela mudar o câmbio e dar de ombros para a sina terrível da iraniana, como chegou a fazer Lula.
A reação camarada, quase oba-oba, confirma que os problemas de Dilma, no primeira momento, não estão na imprensa, nos adversários ou nos mercados.
Estão nos aliados. É aí que se armam as bombas, os "mensalões" e as Erenices que, depois, explodem nas manchetes e implodem o amor pelos governos.
A gerentona Dilma Rousseff gritava com ministros e presidentes de estatais, que mais de uma vez saíram chorando da conversa. A candidata Dilma, repaginada, superou expectativas e superou a si própria ao enfrentar a TV e os debates. A presidente eleita Dilma vai se revelando aos poucos.
No conteúdo, ela avisa que será cautelosa (ou conservadora) na política econômica, manterá o ritmo das obras de infraestrutura e aumentará investimentos na saúde e na segurança. Só surpreendeu até agora na área externa, ao criticar a "guerra cambial" entre os EUA e a China, a parceira nos Bric que deixou de ser apenas "emergente" e disputa a condição de potência.
Na forma, parece livre de um fardo, o da campanha. Desenvolta no "Jornal Nacional", estava coloquial na entrevista de ontem. Sorriu, brincou com as "meninas da imprensa", acenou para os governadores e elogiou o telefonema "republicano" do tucano Alckmin.
Passada a eleição, para alívio geral, Dilma vive uma natural fase "paz e amor", apesar de Lula não resistir a Lula e continuar espezinhando Serra. Deus sumiu, é verdade, mas ela estende a mão aos adversários e enaltece a democracia. A imprensa e os cidadãos devolvem com boa vontade.
Esse clima -apelidado de "lua de mel" -é tradicional na política brasileira, mas não precisa exagerar. Dilma diz que não vai mexer no câmbio flutuante e no superavit primário, e é uma festa. Diz que apedrejar Sakineh é "uma coisa muito bárbara" e todo mundo: "Ohhhh!". Peraí. Isso é o óbvio. Só faltava ela mudar o câmbio e dar de ombros para a sina terrível da iraniana, como chegou a fazer Lula.
A reação camarada, quase oba-oba, confirma que os problemas de Dilma, no primeira momento, não estão na imprensa, nos adversários ou nos mercados.
Estão nos aliados. É aí que se armam as bombas, os "mensalões" e as Erenices que, depois, explodem nas manchetes e implodem o amor pelos governos.
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