quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Roberto Freire defende aprovação da reforma política no começo do governo Dilma

DEU NA AGÊNCIA BRASIL

Freire: oposição ainda vai analisar os primeiros posicionamentos de Dilma

Iolando Lourenço e Mariana Jungmann

Brasília - O presidente do PPS, deputado eleito Roberto Freire (SP), demonstrou expectativas na aprovação de uma reforma política, no começo do governo Dilma Rousseff, que mude o sistema eleitoral brasileiro.

Freire declarou, em entrevista à Agência Brasil, que acredita na possibilidade de que a reforma ocorra no primeiro ano de governo. “O compromisso que ela assumiu com relação a reforma política, acredito até que seja [cumprido]. Até porque há um certo lugar comum de que se não for logo no início [do governo] não será depois”, disse.

O presidente do PPS também deixou claro que seu partido fará oposição ao novo governo. Segundo ele, ainda não há uma coordenação com os demais partidos de oposição, como o PSDB e o Democratas. Freire explicou que, no governo Luiz Inácio Lula da Silva, houve uma união com esses partidos por questões conjunturais. Para o governo Dilma, contudo, ainda não há compromisso firmado.

“Vai haver uma reunião ordinária do Diretório Nacional do PPS. A oposição que tínhamos era uma oposição que veio do governo, e tinha a ver com conjunturas. Cada partido vai analisar o que vem por aí e ver inclusive a própria questão da reforma política. Vamos ter aí um momento, não adianta antecipar muita coisa”, afirmou.

Freire alertou ainda para os riscos que as diferenças de cenários entre o atual governo e o próximo. "Não vai ter aquilo que foi o determinante de algum sucesso do governo Lula, que foi a economia internacional em pleno crescimento. [Dilma] vai entrar no governo com [herança de ] erros e equívocos do governo [anterior] e com a economia internacional ainda enfrentando uma dura crise", disse.

Freire espera que Dilma não cometa os erros de Lula quanto ao cuidado com a democracia e com a questão fiscal. Segundo ele, a alta popularidade do presidente o tornou “irresponsável”. “Nós vamos ter um governo que não será idêntico e, portanto, não tem porque nós da oposição atropelarmos os fatos enquanto eles ainda não ocorreram. Vamos ver como ela se posiciona”, afirmou o presidente do PPS.

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