Sindicato dos trabalhadores afirma que ainda não foi notificado sobre ilegalidade
do movimento
Danilo Fariello
BRASÍLIA. O retorno ao trabalho dos cerca de 7 mil trabalhadores parados na
usina hidrelétrica de Belo Monte - a maior obra do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) - só deve acontecer após o feriado de 1 de maio. Ontem, mesmo
depois de a greve ter sido considerada ilegal pela Justiça do Pará, barricadas
impediram que os ônibus levando os trabalhadores chegassem à obra. O Sindicato
dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada no Pará (Sintrapav) alegou
na Justiça que não havia sido informado formalmente sobre a decisão de
quarta-feira e pediu prazo até 1 de maio para comunicar a todos os
trabalhadores a ordem judicial.
Em audiência na Vara do Trabalho de Altamira (PA), o Consórcio Construtor
Belo Monte aceitou o prazo solicitado pelo Sintrapav para retomar os trabalhos
e o juiz Luiz Antonio Nobre de Brito, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da
8 região, determinou a suspensão dos efeitos da liminar que determinava a
retomada imediata da obra. A Justiça declarou a greve ilegal, por ocorrer fora
da data-base da categoria, que é em novembro.Se a construção não for retomada
no dia 2 de maio, porém, segundo decisão de Brito, os efeitos da liminar que
determinou a ilegalidade da greve será retroativo. Essa liminar prevê multa
diária de R$ 200 mil imposta ao Sintrapav durante o período em que greve
continuar.
FONTE: O GLOBO
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