“Não acho que cotas sejam uma coisa boa em geral. Considero correta a ideia
de uma política de ação afirmativa que dê atendimento especial para pessoas em
situação de carência.
O que não acho correto é diferenciar as pessoas pela cor da pele ou pela
raça.
Mais adequado seria melhorar a educação para as pessoas
poderem chegar à universidade e não precisarem desse tipo de ajuda. Na falta
disso, poderiam ser criados cursos que preparassem melhor para as
universidades, e poderiam dar ajuda financeira para quem não tem recursos, de
modo a permitir que as pessoas continuem estudando. Simplesmente criar cota e
colocar a pessoa na universidade sem esse tipo de apoio, não significa que ela
aproveitará. Vai ter aquela situação de o "fulano é cotista", ou o
"fulano não é cotista". Vai criar discriminação.”
SCHWARTZMAN, Simon, sociólogo e presidente do Conselho do
Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets). O Globo, 27/4/2012
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