Apesar de ter perdido força, oposição avalia saldo como positivo
Mais uma vez, é o peso da máquina que está fazendo a diferença contra a
oposição. Um exemplo claro foi o ocorrido em Fortaleza, onde os candidatos do
PT da prefeita Luizianne Lins e da presidente Dilma Rousseff; e do PSB, apoiado
pelo governador Cid Gomes, conseguiram ultrapassar o candidato do DEM, Moroni
Torgan. Em Salvador, Nelson Pelegrino conseguiu superar ACM Neto contando com
apoio da presidente, do ex-presidente Lula e do governador Jaques Wagner.
Apesar dessa veloz retomada dos governistas em algumas cidades, a oposição
ainda vê o saldo como positivo. Ex-governador da Paraíba, senador Cássio Cunha
Lima (PSDB) acredita que essa eleição demonstra um esgotamento do ciclo de
poder do PT:
- Haverá um movimento de mudança, que é natural da democracia. Essa
alternância vem aos poucos, mas esse processo está em curso e, quando começa,
não para mais. Há um envelhecimento, uma fadiga de material, natural na
democracia. Eles não serão governo para sempre porque a sociedade quer sempre
um avanço a mais.
O senador petista Lindbergh Farias (RJ) atribui o resultado às questões
locais:
- Se for procurar uma lógica nacional disso, não se encontra. A disputa
local é que cria esse quadro. Se o prefeito tem uma boa avaliação, a tendência
é eleger o sucessor. Estou convencido da tese de que presidente transfere para
presidente, governador para governador e prefeito para prefeito.
Fonte: O Globo
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