• Dilma afirmou que a ex-senadora mentiu ao dizer que votou a favor da contribuição
Luciana Nunes Leal, Márcio Dolzan, Mariana Salowicz, Idiana Tomazelli, Ricardo Galhardo, Vera Rosa e Carla Araújo - O Estado de S. Paulo
No ataque mais contundente até agora à adversária do PSB, Marina Silva, a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) voltou na tarde desta terça-feira ao tema da votação da CPMF e disse que a ex-ministra mentiu ao dizer que votou a favor da contribuição.
“Errar é humano. Mentir é desvio de caráter”, afirmou Dilma, em entrevista coletiva depois de receber apoio de um grupo de atletas no Rio de Janeiro. O tema da CPMF foi abordado por iniciativa da própria presidente. “Um presidente pode se equivocar, é humano, pode errar, se confundir. Mas uma coisa não pode: não pode mentir. No caso da CPMF, ao contrário do que a candidata Marina diz, nas duas ocasiões em que houve votação, para criar e para prorrogar, a candidata Marina votou não. Ela disse na minha frente e de todo o Brasil que tinha votado sim. Não é verdade.”
Na entrevista, a presidente comentou a alta do dólar e a queda da Bolsa decorrentes de pesquisas que mostram seu favoritismo frente a Marina. “Mercado financeiro é especulação. Alguém está ganhando dinheiro. Hoje é dia 30, estão lucrando. Especulam com a minha vitória, como fizeram com Lula.”
Antes, Dilma visitou, como presidente, as obras do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, na zona oeste. Depois, ela saiu do evento oficial e compareceu como candidata à reunião com os atletas. Mesmo no ato de campanha, a petista foi acompanhada pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo.
No discurso proferido no ato político, Dilma prometeu um combate “sem trégua” à corrupção. “Além de três refeições por dia, acesso à casa própria e educação, um país tem que ter valores, tem que ter combate sem trégua à corrupção e tem que ter alma”, disse a presidente.
Olimpíadas. A petista ainda defendeu a manutenção do Ministério do Esporte. “Tem gente querendo acabar com o Ministério do Esporte. Sem o ministério, não teríamos avançado nessas políticas”, afirmou.
Repetindo o bordão usado na Copa do Mundo, ela disse que o Brasil vai organizar a “Olimpíada das Olimpíadas” em 2016.
De manhã, em Santos, no litoral paulista, Dilma voltou a usar o discurso do medo contra seus adversários. “No domingo a gente vai olhar para a urna e vai pensar: eu vou votar em quem tem experiência de governo ou em uma aventura?”, questionou.
Cercada por sindicalistas, na maioria portuários, Dilma enumerou os investimentos feitos na cidade, reiterou que não vai retirar direitos trabalhistas “nem que a vaca tussa” e, sem citar nomes, acusou adversários de agir contra o pré-sal. “Vou votar, isso em Santos é muito importante, a favor do desenvolvimento do pré-sal ou vou votar contra o pré-sal?”, indagou a presidente.
Durante o evento, uma caminhada pela região central da cidade, Dilma e o candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, mostraram que precisam afinar os discursos. Ao enumerar as obras federais na região, Dilma exaltou o VLT que ligará Santos a São Vicente.
“Aqui estamos investindo pesado em transporte urbano. É com dinheiro do governo federal que o VLT Santos-São Vicente é feito. Sem dinheiro do governo federal não saía o VLT”, afirmou Dilma. Já Padilha criticou a demora do governo Geraldo Alckmin para entregar a obra. “Por que é que ele (Alckmin) promete e promete o VLT e a única coisa que ele vem inaugurar aqui é uma coisa que não funciona?”
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