Romário anuncia candidatura à prefeitura do Rio
• Decisão foi comunicada ontem à direção nacional do PSB, e lançamento oficial acontecerá na segunda-feira
Marco Grillo - O Globo
O senador Romário (PSB-RJ) anunciou ontem que será candidato à prefeitura do Rio. A decisão será formalizada em um evento na sede da direção estadual do partido, na segunda-feira. A informação foi antecipada pelo colunista Lauro Jardim, do GLOBO.
Na semana passada, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, havia estabelecido um prazo até o fim desta semana para que o senador decidisse o futuro. No início da tarde, Romário ligou para Siqueira e manifestou a intenção.
— Outros partidos estavam nos procurando, então disse a ele que o assunto precisava ser resolvido. Ele me ligou e avisou que vai ser candidato. O ideal é que tenhamos uma coligação, mas isso ainda vai ser discutido — disse Siqueira.
No fim do ano passado, Romário chegou a ser afastado da presidência estadual do PSB no Rio após O GLOBO mostrar que um de seus assessores parlamentares, que também ocupava a tesouraria da sigla, era réu na Justiça sob a acusação de ter cometido quatro homicídios. O senador retomou o comando da legenda em fevereiro, pouco mais de dois meses após ser destituído.
— A providência que nós cobramos, que era afastar o assessor da direção estadual do partido, foi tomada — disse Siqueira, minimizando possíveis rusgas na relação com Romário.
Desde que surgiu como potencial candidato ao posto, Romário ora sinalizava a aliados que disputaria o cargo, ora demonstrava desinteresse na disputa. Em fevereiro, o PSB praticamente selou a filiação do senador Marcelo Crivella (PRBRJ), que seria o candidato a prefeito. Após uma reunião em que foi recebido por Siqueira, Romário e os outros senadores do partido, Crivella afirmou que poderia ser o candidato do PSB, caso a legenda desejasse e Romário estivesse de acordo.
A mudança de legenda, no entanto, não se concretizou. Segundo fontes do PSB, Crivella gostaria de assumir a presidência estadual após se filiar. Romário teria pedido para permanecer no posto mais um mês, o que Crivella interpretou como uma estratégia para que Romário se viabilizasse eleitoralmente.
Em outro momento, Romário chegou a conversar com o prefeito Eduardo Paes, que sonhava com o apoio do senador ao pré-candidato do PMDB, Pedro Paulo. As negociações, no entanto, não avançaram.
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