Por Tatiane Bortolozi e Assis Moreira – Valor Econômico
XANGAI, CHINA - A articulação para livrar a ex-presidente Dilma Rousseff da perda dos direitos políticos criou um ‘pequeno embaraço’ na base de governo, admitiu o presidente Michel Temer em Xangai, durante rápido contato com a imprensa em sua primeira viagem depois de confirmado no cargo. Após reunião com empresários brasileiros e associações na cidade chinesa, Temer disse respeitar a decisão do Senado Federal, mas ponderou que o feito está sendo questionado juridicamente.
“O Senado tomou esta decisão. Certa ou errada, não importa. A decisão está tomada. Mas me parece que está sendo questionada juridicamente”, afirmou Temer. “Acompanho permanentemente esses pequenos embaraços, que logo são superados.”
A medida para manter a habilitação de Dilma Rousseff ao exercício de funções públicas é defendida publicamente pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mas não agrada aliados como o PSDB, o DEM e outros partidos que apoiaram o impeachment.
Temer afirmou que respeita o direito de cada poder exercer o seu papel e minimizou a decisão do Senado. “Sempre surge um ou outro movimentozinho, mas não são aqueles que acompanham a vontade da maioria dos brasileiros.”
Temer se reuniu com o prefeito da cidade de Xangai e 17 empresários brasileiros e presidentes de associações, além de 250 empresários locais, para assinar acordos comerciais. Ele participa de seminário empresarial organizado pelo Itamaraty antes de ir a encontro do G-20.
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