Por Thais Carrança e Lucas Marchesini | Valor Econômico
SÃO PAULO E BRASÍLIA - O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, defendeu a união do que chamou de "centro da política" em uma única candidatura presidencial. Kassab afirmou que dentro desta premissa a sigla irá decidir nos próximos dias se terá candidatura própria à Presidência. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, cogita sair da sigla para tentar viabilizar sua candidatura por outro partido.
"Todos sabem que temos no plano federal um encaminhamento, um esforço, para que possamos ter no campo do centro da política brasileira um único candidato a presidente da República", disse Kassab a jornalistas, após evento na Prefeitura de São Paulo, junto com o prefeito João Doria (PSDB). Kassab é cotado para ser vice em uma chapa encabeçada por Doria ao governo de São Paulo.
Segundo Kassab, o esforço do PSD é para que este pleiteante seja seu, uma vez que o partido tem um "excelente candidato", que é Meirelles. "No momento certo, e este momento está se aproximando, o partido, vai definir se o nosso candidato, pelas circunstâncias, não pelas suas qualidades, é o mais adequado para disputar uma eleição, ou se iremos partir para uma coligação. Vamos aguardar mais alguns dias", disse o ministro.
Segundo Kassab, se o nome de Meirelles reunir circunstâncias favoráveis, será ele o candidato do PSD. "Caso tenhamos uma coligação, as consultas apontam que o melhor nome é do atual governador [de São Paulo], Geraldo Alckmin, do PSDB", completou.
Kassab lembrou ainda que o presidente Michel Temer (MDB) tem indicado que não disputará eleições. Segundo ele, caso o atual presidente registre em algum momento a intenção de concorrer, o PSD - que é parte da base de apoio do governo - também analisará seu nome entre os candidatos.
Alckmin tem reiterado que não acredita na possibilidade de uma grande aliança entre o PSDB e partidos do entorno de Temer para a candidatura presidencial este ano. Na noite de anteontem verbalizou isso, em entrevista ao programa "Canal Livre", da TV Bandeirantes.
Já Meirelles disse ontem que tem convites de "outros partidos" para concorrer à Presidência, caso não seja possível fazê-lo pelo PSD. "Caso eu decida ser candidato, vamos ver a questão partidária. Estamos sempre em conversas amigáveis com o PSD. Se a candidatura tiver conflito com o projeto do PSD em São Paulo, há convites de outros partidos", disse em entrevista concedida à Rádio Bandeirantes de Porto Alegre.
Meirelles disse ainda que alguns marqueteiros, entre eles Duda Mendonça, têm conversado com sua assessoria. O objetivo, de acordo com Meirelles, é ter o máximo de informação para a tomada de decisão sobre uma possível candidatura.
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