sábado, 27 de março de 2021

Luiz Paulo Costa* - Por um Auxílio Emergencial Municipal

A pandemia de covid-19 agrava-se! São três mil mortes diárias ultrapassando 300 mil no País. Sem perspectiva de vacinar 70% da população para a imunização coletiva no semestre. E sem adotar medidas mais restritivas em toda a Nação que reduza a circulação do vírus e variantes infectantes.

E esta situação dramática impactando as desigualdades sociais e econômicas. As ações sociais da comunidade diminuíram em até 90% a entrega de alimentos para as famílias mais vulneráveis da população. E o governo federal reduziu em 2,4 vezes o valor do auxílio emergencial do ano passado e por quatro meses.

“Ninguém vive na União ou no Estado, as pessoas vivem no Município”, dizia Franco Montoro. Portanto, é urgente encontrar soluções locais que atenuem a crise social. Afora as ações sociais já desenvolvidas pelas prefeituras, entendo que o momento exige a criação de um auxílio emergencial municipal.

O Bolsa Família tem hoje 2,1 milhões de famílias na fila de espera com 849 mil apenas na região Sudeste. E todas com avaliações dos serviços sociais municipais. Porque não um auxílio emergencial para atender as famílias das filas de espera de cada município? E as famílias vulneráveis do Cadastro Único dos Programas Sociais já somam milhares em regiões como o Vale do Paraíba paulista.

Enfim, é preciso em face da perda de renda e trabalho ter atingido as doações da comunidade, acionar o poder público municipal para socorrer a população mais vulnerável de cada cidade. Porque “é aqui que a piaba (que não canta) canta”, como falava o saudoso vereador Pedro Bala Celestino de Freitas de São José dos Campos.

*Jornalista e escritor

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