Folha de S. Paulo
Governo vê sinais de queda estancada, mas tem
pontos de atenção pela frente
O governo mal conseguiu um diagnóstico
completo sobre a queda da popularidade de Lula,
mas agora ensaia um suspiro de alívio. Três pesquisas divulgadas nos últimos
dias confirmam que a avaliação piorou mesmo. Sugerem também que a queda pode
ter sido estancada.
Os dados indicam a consolidação de um quadro cada vez mais comum em levantamentos sobre popularidade presidencial, com um eleitorado dividido em três partes iguais. A pesquisa Quaest desta quarta (8) mostrou que 33% consideram o governo ótimo ou bom, 31% dizem que ele é regular e 33% classificam a gestão como ruim ou péssima.
Em agosto de 2023, a avaliação positiva de
Lula estava em 42%, e a negativa era de 24%. As linhas se aproximaram ao longo
dos meses, se tocaram em fevereiro e permaneceram praticamente estáveis desde
então.
O mais urgente para o governo era evitar que o
derretimento se prolongasse. Aí estão os primeiros indícios de que
isso ocorreu, ainda que alguns pontos mostrem que o cenário para a recuperação
da popularidade de Lula não será tão simples.
A Quaest contou mais eleitores dizendo que o
país está no caminho errado (49%) do que no caminho certo (41%). Além disso,
chegou a 63% o percentual de entrevistados que dizem que Lula "não tem
conseguido" fazer o que prometeu. São questões importantes porque indicam
um desânimo que pode estar presente até para quem votou no petista.
A pesquisa também reforçou uma percepção
generalizada de alta nos preços dos combustíveis, dos alimentos e da energia.
Significa que, apesar do aumento do emprego, o trabalhador sente um peso na
hora de fazer compras e pagar contas.
Um terceiro ponto indica uma quantidade
grande de entrevistados estacionados na faixa de avaliação regular. Este grupo
inclui eleitores da oposição, uma oportunidade para pescar aqueles que não
consideram o governo ruim. Por outro lado, também estão ali eleitores de Lula
que ainda não veem resultados suficientes para uma avaliação positiva.
Um comentário:
Esta é a questão.
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