Em entrevista, presidenciável tucano ataca o PT e afirma estar `preparado para iniciar um novo Brasil´
Dilma recruta o secretário do Tesouro Nacional para sua equipe estratégica
SÃO PAULO - Com o claro tom de candidato à Presidência da República em 2014, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) afirmou, em entrevista publicada pela "IstoÉ" desta semana que o país está "à deriva em busca de um gestor" e que ele é o nome "preparado para iniciar um tempo novo no Brasil".
Capa da publicação, o tucano subiu o tom das críticas ao PT e à presidente Dilma Rousseff, possível adversária na eleição do ano que vem. "Meu esforço é demonstrar que o novo é o PSDB e o velho é o PT", declarou.
Para o ex-governador, um dos maiores desafios do PSDB, de hoje até a eleição, será mostrar que as tão faladas conquistas do PT nos últimos dez anos "são produto de um processo" e que "o país não foi descoberto em 2003", com a eleição do ex-presidente Lula.
"Quando assumir a presidência do PSDB, meu papel será o de discutir uma agenda para os próximos 20 anos. E de mostrar que os modernos, os eficientes, os que prezam a democracia somos nós. O atraso, a ineficiência e o viés autoritário são a marca de nossos adversários", argumentou.
Repetindo críticas que tem feito ao PT, o senador disse que a presidente Dilma tem se guiado pela lógica eleitoral. "O governo Dilma não tem marca. É sintomático que a presidente se apresse para comemorar os dez anos de governo do PT. É uma forma de esconder os dois anos do governo Dilma", disse. "O que caracteriza o governo é a insegurança jurídica que afugenta empresários", alfinetou o presidenciável, que citou ainda o "empreguismo e aparelhamento da máquina" como deficiências.
Mantendo o foco nas questões econômicas, o tucano voltou a alertar sobre o risco de crescimento da inflação. "Infelizmente, a agenda das eleições está levando a presidenta a buscar permanentemente medidas populistas, elevando o risco de entrarmos no ciclo vicioso da inflação". "Há uma bomba-relógio para explodi".
Reforço. Com foco na área econômica, a presidente Dilma Rousseff incluiu nas articulações para sua reeleição o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Ele vai integrar a futura coordenação da campanha petista.
Augustin já participou de pelo menos uma reunião de mapeamento político para fazer uma radiografia de alianças nos Estados. Por enquanto, conforme relatos de interlocutores, ele tem ajudado nas projeções sobre futuras composições partidárias.
Ainda não se sabe qual função que ele assumirá na coordenação do comitê. O gestor poderá, inclusive, atuar como coordenador informal se a situação da economia exigir sua presença no governo durante a disputa.
Fontes próximas ao Palácio do Planalto afirmam que uma das principais funções de Augustin será construir uma plataforma econômica para um eventual segundo mandato de Dilma.
Fonte: O Tempo (MG)
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