- Correio Braziliense
E a revolta cresce
Os parlamentares invariavelmente têm um mau humor daqueles quando o assunto é Dilma Rousseff. Mas, agora, a situação vai piorar. O governo, no início do ano, acertara com os congressistas a liberação de R$ 10,8 milhões em emendas individuais para cada um, sendo 50% desse valor para obras e serviços de saúde. Semana passada, a Secretaria de Relações Institucionais, do ministro Ricardo Berzoini, avisou que esse total foi reduzido. A ordem é liberar apenas 60%, sendo metade para as sugestões de obras, serviços e equipamentos de saúde e o restante de livre indicação dos políticos para as prefeituras.
Moral da história: os prefeitos que forem preteridos vão brigar com os deputados que, por sua vez, engrossam o coro contra o Planalto. E Dilma, que promove um canal direto com as prefeituras com a entrega de máquinas e equipamentos, fará cara de paisagem. Para completar, como o ano de trabalho termina logo ali e só retorna depois da eleição, as liberações vão ficar mesmo para o último bimestre de 2014.
Ou tudo ou nada
Os irmãos Ferreira Gomes — Cid, o governador, e Ciro, o ex-deputado — se cansaram desta história de Lula dizer ao PMDB que apoiará a candidatura do senador Eunício Oliveira ao governo do Ceará, enquanto Dilma ficará com o candidato deles, seja quem for. Ciro Gomes, inclusive, avisou ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante: ou Lula segue no mesmo barco ou eles vão apoiar Aécio Neves. Pelo visto, acaba aí a história de Dilma e Lula se dividirem nos palanques.
Obra do PAC à beira da destruição
Pelo visto, está sobrando dinheiro para obras de infraestrutura. O avanço do píer de Santos para abrigar navios de passageiros que supostamente estariam no Brasil no período da Copa terminará com um pedaço desfeito, por causa da passagem do túnel que ligará Santos ao Guarujá.
Guerra fria no Senado I
A carta de despedida que o ex-diretor-geral do Senado Helder Rebouças enviou por e-mail a todos os funcionários dá o tom do clima ruim que se instalou na Casa. No documento, Rebouças contradiz o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL). Diz que pediu demissão na última quarta-feira por motivos particulares. Para quem não se lembra, Renan anunciou no plenário que havia demitido o diretor por descumprir a determinação de corte nos salários pagos em maio que ultrapassassem o teto constitucional.
Guerra fria no Senado II
A carta de Helder agradece ao corpo técnico da Casa e ao "corpo político". Em nenhum momento agradece ao presidente do Senado individualmente, quebrando a praxe das cartas de despedidas de cargos como esse no Legislativo. Apesar da sutileza, o recado foi dado.
Convers@ de domingo
Em rápida conversa com a coluna, o secretário-geral do PT, Geraldo Magela, conta que amanhã uma comissão do partido se reunirá em Brasília para definir diretrizes ao programa de governo de Dilma Rousseff à reeleição. Confira nos vídeos do site
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CURTIDAS
1964 na dança I/ O XXIV Seminário Internacional de Dança de Brasília este ano terá um caráter político. Por ocasião dos 50 anos do golpe militar, a gala de abertura trará o espetáculo 1964, da Faces Ocultas Companhia de Dança, oriunda de Salto (SP). A coreografia traz reflexões sobre lutas, conflitos e passeatas de artistas em busca da liberdade de expressão em meio à ditadura.
1964 na dança II/ Na ocasião, muitos brasileiros que participaram da luta contra a ditadura serão homenageados. Na lista, o secretário de Estado de Cultura do DF, Hamilton Pereira, o cineasta Vladimir Carvalho, o editor Victor Alegria, o estudante Honestino Guimarães (in memoriam), o artista plástico Glênio Bianchetti (in memoriam), o arquiteto João da Gama Filgueiras Lima, o Lelé (in memoriam), entre outros.
Dilma no embalo da Copa/ Para quem nunca foi muito afeita a futebol, a presidente Dilma está correndo atrás do prejuízo. Ela já fez dois jantares com jornalistas esportivos e, na segunda-feira, receberá um grupo de jogadores no Planalto. Tudo depois que Ronaldo Fenômeno anunciou apoio a Aécio Neves nas redes sociais.
Secou/ Correu dia desses uma notícia pela Câmara que o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), estaria oferecendo ajuda para captação de recursos destinados a financiamento de campanhas. Quem procurava aliados do peemedebista para confirmar a história ouvia logo um "a Bolsa Cunha fechou".
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