Bela Megale, Reynaldo Turollo Jr. e Gustavo Uribe – Folha de S. Paulo
• Diretor do órgão, Celso Marcondes classificou o incidente de "provocação" e "ataque político"
• Suspeita inicial da polícia é de que se trata de "ação de baderneiros"; explosão não deixou feridos
O Instituto Lula, escritório político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi alvo de um ataque na noite da última quinta-feira (30). As imagens de câmeras do circuito interno mostram que uma bomba de fabricação caseira foi arremessada, por volta das 22h, em uma das saídas da sede da entidade, na zona sul da capital paulista.
O artefato, feito com material inflamável e pregos, foi lançado de dentro de um carro do modelo Civic que passava em frente ao escritório político. A explosão provocou um buraco em um dos portões, mas não deixou feridos.
As imagens das câmeras de segurança flagraram o momento do ataque, porém não identificaram a placa do veículo. Segundo testemunhas, o estrondo foi ouvido no Hospital São Camilo, vizinho ao escritório político.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo determinou a abertura de investigação e a realização de perícia pela Polícia Civil.
O delegado José Antônio Ayres de Araújo, do 17º Distrito Policial de São Paulo, informou que solicitou o acesso às imagens das câmeras de segurança do hospital.
"Vamos tentar levantar imagens de todo o quarteirão para identificar os culpados."
Por conta do ataque, o ex-presidente petista cancelou agenda que cumpriria nesta sexta-feira (31) no local. A direção da entidade discute agora a adoção de novas medidas de segurança.
Para o diretor do Instituto Lula, Celso Marcondes, o incidente foi um "ataque político". "Sabemos que foi uma provocação. A democracia não comporta este tipo de manifestação", afirmou.
Em evento no Rio de Janeiro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que não pode ser descartada a hipótese do ataque ter tido motivações políticas. "Tudo é considerado quando temos fato sob investigação."
Segundo a Folha apurou, contudo, a suspeita inicial da polícia é que não se trata de um crime político, mas da "ação de baderneiros".
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