• Marcelo Castro, da Saúde, defende tributo sobre crédito e débito
Fernanda Krakovics e Isabel Braga - O Globo
BRASÍLIA - Mal foi confirmado na Saúde, Marcelo Castro propôs dobrar CPMF, cobrando no débito e no crédito. Antes mesmo de tomar posse, o novo ministro da Saúde, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), já foi alvo de reclamações ao sugerir uma fórmula para dobrar a arrecadação da CPMF sem aumentar a alíquota de 0,2% proposta pelo governo. Ontem, após ser confirmado ministro pela presidente Dilma Rousseff, ele explicou a ideia: o imposto incidiria não só sobre as operações de débito, mas também de crédito.
— João dá um cheque a Pedro de R$ 1.000. Como 0,2% corresponde aR$ 2, saem da conta de João R$ 1.002 reais, R$ 1.000 do cheque e R$ 2 da CPMF. Entram na conta de Pedro R$ 998 reais: R$ 1.000 do cheque com desconto de R$ 2 da CPMF. Ninguém se incomoda porque a alíquota continua baixa e o governo arrecada o dobro — disse Castro.
A ideia foi criticada por internautas nas redes e em telefonemas desaforados para o gabinete do deputado.
Castro sustenta que a saúde precisa de melhoras, embora a CPMF proposta pelo governo seja integralmente destinada à Previdência:
— Respeito as manifestações contrárias. Agora, o povo está satisfeito com a saúde brasileira? O homem público não pode ter receio de expressar suas convicções.
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