A crise da violência sem perspectivas e sem controle, que assola hoje no Rio de Janeiro, e tem produzido diariamente uma permanente troca de tiros entre policiais e bandidos numa matança numerosa e muitas sem solução, está mostrando que essa forma de combate ao tráfico de drogas, não tem mais sentido.
Os territórios estão sendo deixados as mãos dos marginais, bairros inteiros e cidades estão dominadas por esses grupos, interferindo na vida diária de milhões de cariocas e fluminenses honestos, que não tem mais sossego em seus locais de moradia.
A impunidade dessas chamadas facções, já passaram de todos os limites, estão em todos os cantos do estado em pequenos e grandes municípios, impondo o terror e com um poder de fogo muito maior que as forças policiais do estado, que na verdade, estão abandonando as próprias UPPs por falta de segurança para os seus soldados.
Reconhecendo a falência do outrora tão propalado modelo de intervenção nos morros da capital. Estamos, portanto, sem saída à vista o que nos angustia mais não podemos nos submeter de jeito algum a tão dramática e terrível situação, não podemos nos transformar em cidadãos subjugados e dominados, pelas leis do tráfico e seus aliados.
Chegamos ao fundo do poço. Precisamos de um novo estado democrático formado por pessoas preparadas e dignas que interfiram de forma determinada nesse dolorido processo é traga de novo a ordem é o respeito às cidades e ao cidadão do Rio de Janeiro.
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Rosemberg Pinheiro é sanitarista e diretor adjunto da Faculdade de Medicina da UFRJ
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