“Como ainda estamos em crise (basta olhar o desemprego), é preciso haver sinais positivos para que a crença se mantenha. É hora de apresentar e explicar ao País uma agenda para vencer os desafios do crescimento econômico, da redução da pobreza e da injustiça social. Uma agenda que convoque a Nação, sem sectarismo, para a reconstrução do caminho difícil, mas possível, de desenvolvimento. Políticas que sejam de Estado, e não deste ou daquele governo. No mundo contemporâneo, o governo precisa explicar os porquês de sua agenda para alavancar o desenvolvimento. Este requer a conjugação entre políticas governamentais (incluídas as distributivas e demais pertinentes na área social), um grande esforço na área de ciência e pesquisa, para aumentar a produtividade, e requer ainda a cooperação da “iniciativa privada”, nacional e estrangeira, sobretudo na área de infraestrutura. O Estado, por si, será incapaz de tal proeza. Pior, poderá embaraçar a gestão sem conseguir o aumento da produtividade na economia e nas ações públicas.”
*Sociólogo, foi presidente da República, artigo: ‘Assim não dá’, , O Estado de S. Paulo / O Globo, 5/5/2019.
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