DEU EM L’UNITÀ
Trechos da carta que Piero Fassino, Emmanuele Fiano e Andrea Orlando, presidentes, respectivamente, dos Fóruns de Relações Exteriores, Segurança e Justiça do Partido Democrático, enviaram na manhã do dia 29 de dezembro ao embaixador brasileiro em Roma, José Viegas Filho:
"Dirigimo-nos ao presidente do Brasil, Lula, que, como dirigentes do Partido Democrático e antigos militantes da frente progressista na Itália, sempre apreciamos e defendemos. Enquanto prossegue o ensurdecedor silêncio do nosso governo, dirigimo-nos a Lula, homem de esquerda, porque pensamos que nenhum princípio garantista e nenhuma salvaguarda dos direitos universais do homem podem justificar a eventual não concessão da extradição para o terrorista Cesare Battisti, condenado na Itália à prisão perpétua por quatro homicídios cometidos nos anos de chumbo.
[...] Na Itália, existe um ordenamento que prevê três níveis de justiça, que garante o direito à defesa, assegura o pleno respeito às garantias da pessoa, mesmo quando esta é julgada à revelia. O movimento terrorista, do qual Battisti fazia parte, semeou morte, dor e sofrimento, contribuindo para interromper um processo de crescimento civil e social, e teve como alvos principais as instituições, as forças democráticas, as organizações dos trabalhadores. Por isso, esperamos que o Brasil não assuma a decisão de não conceder a extradição de Battisti, escolha que colidiria com princípios fundamentais de direito e justiça.
Quem escolheu a violência e o homicídio como instrumento de luta contra as instituições democráticas e contra cidadãos indefesos deve pagar a própria dívida com a sociedade. Que as vítimas do terrorismo não sejam privadas do seu direito de ter justiça".
L'Unità, 29 dez. 2010.
Trechos da carta que Piero Fassino, Emmanuele Fiano e Andrea Orlando, presidentes, respectivamente, dos Fóruns de Relações Exteriores, Segurança e Justiça do Partido Democrático, enviaram na manhã do dia 29 de dezembro ao embaixador brasileiro em Roma, José Viegas Filho:
"Dirigimo-nos ao presidente do Brasil, Lula, que, como dirigentes do Partido Democrático e antigos militantes da frente progressista na Itália, sempre apreciamos e defendemos. Enquanto prossegue o ensurdecedor silêncio do nosso governo, dirigimo-nos a Lula, homem de esquerda, porque pensamos que nenhum princípio garantista e nenhuma salvaguarda dos direitos universais do homem podem justificar a eventual não concessão da extradição para o terrorista Cesare Battisti, condenado na Itália à prisão perpétua por quatro homicídios cometidos nos anos de chumbo.
[...] Na Itália, existe um ordenamento que prevê três níveis de justiça, que garante o direito à defesa, assegura o pleno respeito às garantias da pessoa, mesmo quando esta é julgada à revelia. O movimento terrorista, do qual Battisti fazia parte, semeou morte, dor e sofrimento, contribuindo para interromper um processo de crescimento civil e social, e teve como alvos principais as instituições, as forças democráticas, as organizações dos trabalhadores. Por isso, esperamos que o Brasil não assuma a decisão de não conceder a extradição de Battisti, escolha que colidiria com princípios fundamentais de direito e justiça.
Quem escolheu a violência e o homicídio como instrumento de luta contra as instituições democráticas e contra cidadãos indefesos deve pagar a própria dívida com a sociedade. Que as vítimas do terrorismo não sejam privadas do seu direito de ter justiça".
L'Unità, 29 dez. 2010.
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