DEU EM O GLOBO
Um dia depois de o presidente Lula dizer que acha “gostoso” terminar seu governo vendo os EUA em crise, a Casa Branca divulgou comunicado indicando que tem pressa para trabalhar com o governo Dilma. Na nota, que confirma a vinda da secretária Hillary Clinton para a posse de Dilma amanhã, Lula nem é citado.
Casa Branca tem pressa para trabalhar com Dilma
Após críticas de Lula, nota dos EUA sequer cita o presidente; vinda de Hillary Clinton para a posse é confirmada
Eliane Oliveira
BRASÍLIA. Um dia depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarar ser "gostoso" terminar o governo vendo Estados Unidos, Europa e Japão em crise, a Casa Branca divulgou ontem um comunicado indicando que os EUA têm pressa para trabalhar com a presidente eleita, Dilma Rousseff, e com seu governo. Na nota, vista como uma mensagem forte e carregada de simbolismo por altos integrantes da diplomacia brasileira, o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, confirma a vinda da secretária Hillary Clinton para a posse de Dilma, amanhã, e chama o Brasil de "parceiro essencial" não apenas na região, mas em todo o mundo. O presidente Lula sequer é citado na nota.
"O Brasil é um parceiro essencial no continente e no mundo, e os Estados Unidos estão empenhados em aprofundar as nossas relações em uma ampla gama de assuntos bilaterais, regionais e globais com o governo e o povo do Brasil. Os Estados Unidos aguardam a oportunidade de trabalhar com a presidente eleita, Dilma Rousseff, e com seu governo para avançar esses assuntos e outras metas compartilhadas", diz o porta-voz na nota.
De acordo com uma avaliação reservada feita no Itamaraty, o gesto amistoso da Casa Branca pode quebrar o clima de constrangimento que paira entre os dois países desde a frustrada tentativa de acordo em relação à política nuclear iraniana e às recentes divulgações de telegramas confidenciais entre diplomatas (pelo Wikileaks). Uma fonte lembrou que Hillary interromperá suas férias, passando o réveillon com a família e embarcado em seguida para Brasília, onde representará o presidente Barack Obama na posse de Dilma. Ao lado de Hillary, estarão presentes desafetos dos EUA, entre eles o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
- Nossa interpretação é de que os Estados Unidos querem uma aproximação - afirmou um graduado diplomata.
Esse diplomata, juntamente com outras fontes, avaliam que a nota dos EUA pode ter sido uma reação à série de declarações com críticas aos americanos feita pelo presidente Lula. Uma das críticas recorrentes de Lula é que os EUA não dão a importância devida à América Latina.
Um dia depois de o presidente Lula dizer que acha “gostoso” terminar seu governo vendo os EUA em crise, a Casa Branca divulgou comunicado indicando que tem pressa para trabalhar com o governo Dilma. Na nota, que confirma a vinda da secretária Hillary Clinton para a posse de Dilma amanhã, Lula nem é citado.
Casa Branca tem pressa para trabalhar com Dilma
Após críticas de Lula, nota dos EUA sequer cita o presidente; vinda de Hillary Clinton para a posse é confirmada
Eliane Oliveira
BRASÍLIA. Um dia depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarar ser "gostoso" terminar o governo vendo Estados Unidos, Europa e Japão em crise, a Casa Branca divulgou ontem um comunicado indicando que os EUA têm pressa para trabalhar com a presidente eleita, Dilma Rousseff, e com seu governo. Na nota, vista como uma mensagem forte e carregada de simbolismo por altos integrantes da diplomacia brasileira, o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, confirma a vinda da secretária Hillary Clinton para a posse de Dilma, amanhã, e chama o Brasil de "parceiro essencial" não apenas na região, mas em todo o mundo. O presidente Lula sequer é citado na nota.
"O Brasil é um parceiro essencial no continente e no mundo, e os Estados Unidos estão empenhados em aprofundar as nossas relações em uma ampla gama de assuntos bilaterais, regionais e globais com o governo e o povo do Brasil. Os Estados Unidos aguardam a oportunidade de trabalhar com a presidente eleita, Dilma Rousseff, e com seu governo para avançar esses assuntos e outras metas compartilhadas", diz o porta-voz na nota.
De acordo com uma avaliação reservada feita no Itamaraty, o gesto amistoso da Casa Branca pode quebrar o clima de constrangimento que paira entre os dois países desde a frustrada tentativa de acordo em relação à política nuclear iraniana e às recentes divulgações de telegramas confidenciais entre diplomatas (pelo Wikileaks). Uma fonte lembrou que Hillary interromperá suas férias, passando o réveillon com a família e embarcado em seguida para Brasília, onde representará o presidente Barack Obama na posse de Dilma. Ao lado de Hillary, estarão presentes desafetos dos EUA, entre eles o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
- Nossa interpretação é de que os Estados Unidos querem uma aproximação - afirmou um graduado diplomata.
Esse diplomata, juntamente com outras fontes, avaliam que a nota dos EUA pode ter sido uma reação à série de declarações com críticas aos americanos feita pelo presidente Lula. Uma das críticas recorrentes de Lula é que os EUA não dão a importância devida à América Latina.
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