O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recusou ontem a comentar a
operação da PF que indiciou a chefe do gabinete da Presidência em São Paulo mas
reclamou que "notícias ruins são manchetes e as boas saem
pequenininhas".
Lula participou de uma feira de catadores de material reciclável e não
comentou as suspeitas.
Fonte: Zero Hora (RS)
Lula evita imprensa e silencia sobre investigação
Ex-presidente deixa sem resposta questionamentos sobre ex-assessora
Em discurso para catadores de material reciclável, petista reclama que só
"notícias ruins são manchetes"
Paulo Gama
SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recusou ontem a
comentar a operação da Polícia Federal que indiciou a chefe do gabinete da Presidência
em São Paulo durante sua gestão, mas, em discurso, reclamou que "notícias
ruins são manchetes e as boas saem pequenininhas".
Lula participou de uma feira de catadores de material reciclável em São
Paulo.
Ao chegar ao local e ao ir embora, foi questionado diversas vezes por
jornalistas sobre a Operação Porto Seguro, deflagrada na última sexta-feira,
mas silenciou em todas as ocasiões.
A ação da PF desarticulou um grupo que atuava em órgãos do governo federal
para obter pareceres técnicos fraudulentos que favoreciam interesses privados.
Rosemary Noronha, nomeada por Lula para a chefia do gabinete regional da
Presidência em 2005, foi indiciada sob suspeita de tráfico de influência e
corrupção e exonerada após a ação policial.
Esta foi a segunda vez que Lula participou de um evento desde que a operação
foi deflagrada. Na terça, no Rio de Janeiro, ele também não deu entrevistas.
Seus compromissos não têm sido divulgados pelo Instituto Lula, que cuida de sua
agenda.
Falando aos catadores, Lula enalteceu ações dos governos petistas e lembrou
que numa visita à feira, em 2009, aconselhou jornalistas a entrevistar
catadores para que "percebessem o que estava acontecendo no Brasil".
"Muita gente não quer entender por que nós tiramos 28 milhões de
pessoas da miséria, por que se levou 40 milhões de pessoas para a classe média,
por que se gerou quase 20 milhões de empregos nesse país", afirmou o
ex-presidente. "As notícias ruins são manchetes, as notícias boas saem
pequenininhas assim".
Fonte: Folha de S. Paulo
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