sexta-feira, 1 de março de 2013

Convidado de honra, líder do PSB falta a evento com a presença de Lula

Roberto Amaral alega problema de última hora e partido é representado por Cid Gomes, opositor de Campos

André Pires

Dentro do projeto de consolidação da base aliada para a reeleição de Dilma Rousseff, em 2014, o PT abriu espaço, mais uma vez, como fez em sua festa de 33 anos, para os líderes que integram a coligação que governa o país. Em seminário realizado em Fortaleza, o partido abriu o microfone para Cid Gomes (PSB), governador do Ceará, e Roberto Amaral, vice-presidente do PSB. No entanto, o segundo avisou de última hora que não participaria. Atitude que mostra o abalo da aliança.

"O Roberto Amaral não vai mais participar do evento. Por questão de agenda, ele não poderá comparecer e não enviará nenhum representante", explicou o diretório nacional do PSB, poucas horas antes do evento.

Com os atritos entre Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco e possível candidato à presidência do partido, e Ciro Gomes (PSB), o partido estremeceu. Roberto Amaral se posicionou em defesa de Campos, enquanto os petistas se aproximaram de Gomes. A ausência de Amaral frustra o PT, que queria manter o PSB por perto e sufocar a candidatura própria.

Com a presença de Rui Falcão, presidente do partido, e, principalmente, do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, o encontro era uma forma de valorização dos aliados para evitar uma debandada em 2014.

"Na verdade, estes líderes fazem parte destes 10 anos de governo do PT. Foi um governo de vários partidos. Temos que reconhecer que esta transformação do país tem uma base partidária consolidada. Vamos ter a possibilidade de dar a voz para uma visão mais política nestes seminários", ressaltou Márcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo e organizador da série de seminários do PT.

Preparado para receber mil pessoas, entre prefeitos e vereadores da base aliada da região, o evento analisou as conquistas sociais dos dez últimos anos. O tema foi o combate à pobreza na gestão de Lula e Dilma. "Temos que compreender quais foram as razões de êxitos em determinadas áreas e problemas em outras. Depois, elas vão virar publicações. No segundo semestre vai ser a rodada de preparação do programa do partido para os próximos anos", ressaltou Pochmann.

A partir de hoje, as lideranças petistas iniciam reuniões do Diretório Nacional, em Fortaleza, para definir a agenda do PT.

Fonte: Brasil Econômico

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