sexta-feira, 24 de maio de 2013

Para Anastasia, PSDB deve ser mais 'pró-ativo'

Fernando Nakagawa

Inflação e políticas públicas, como educação e saúde, devem estar no centro do debate na corrida presidencial de 2014. A opinião é do governador de Minas Gerais, o tucano Antonio Anastasia. Em viagem oficial à Europa, o político mineiro defendeu que o PSDB deve ser mais "pró-ativo" no debate político para tentar levar o nome do senador mineiro Aécio Neves ao Palácio do Planalto.

"O PSDB tem de ter bandeiras mais pró-ativas", disse em entrevista coletiva em Londres, ao ser questionado sobre os preparativos do partido para a eleição de 2014. Após apresentar Minas Gerais a empresários e investidores europeus na capital britânica, Anastasia defendeu que os temas mais importantes no atual cenário brasileiro, e que por isso devem ser o eixo da disputa eleitoral, "são a estabilidade monetária e as políticas públicas como a educação".

Nesta semana, o PSDB começou a veicular na televisão comerciais que apresentam o senador Aécio Neves ao eleitorado, lembrando que os tucanos foram os responsáveis pela criação do Plano Real e que, para o partido, "a hora é de tolerância zero com a inflação".

Durante a apresentação de mais de duas horas para cerca de 20 investidores e empresários europeus, o governador repetiu várias vezes que o governo tucano conseguiu elevar a qualidade da educação de Minas Gerais e, atualmente, alunos mineiros têm o melhor resultado no Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb).

Questionado sobre a insinuação de alguns nomes do governo de que os boatos a respeito do fim do Bolsa Família teriam partido da oposição, o governador disse apenas: "Não acredito nessa hipótese."

Anastasia disse ainda que "ainda é cedo" para se falar sobre a escolha de um nome para disputar o governo mineiro em 2014. "Tivemos uma reunião política sobre esse assunto recentemente e temos de aguardar. Temos bons nomes para minha sucessão", afirmou, ao lembrar que a base de apoio a seu governo conta com muitos partidos. Segundo o governador, o tema deve ser decidido apenas após outubro.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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