sexta-feira, 24 de maio de 2013

Eduardo Campos: voo nacional sem recuo

O governador Eduardo Campos (PSB) demonstrou, ontem, que está disposto a levar o seu projeto nacional 2014 adiante, independentemente das pressões e resistências. Em cenário oportuno, e mais uma vez declarando-se contra a antecipação do debate eleitoral, o governador cobrou - numa posição dúbia -, que o debate sobre os "gargalos" para o desenvolvimento do Brasil sejam feitos agora, não podendo ficar para o ano que vem, nem esperar por 2015. "É para o Brasil sair deste estágio atrasado. É o momento. Estamos fazendo e não podemos ser interditados. Não tem nada com debate eleitoral. Não podemos esperar 2015, porque não ganhamos ainda 2013. É preciso saber o que é projeto de poder e o que é projeto de País".Depois da defesa dos Legislativos do País, na abertura do XVII Encontro da Unale, Eduardo executou, ontem, mais um gesto em busca do apoio dos legisladores. Em ato previamente preparado pelo Executivo, o governador assinou, no palco, sob aplausos, uma emenda ao artigo 123 da Constituição Estadual, tornando obrigatória a execução das emendas parlamentares à Lei Orçamentária Anual. Com isso, todas as emendas de deputados à LOA serão obrigatoriamente liberada pelo Estado. "Já praticamos isso. Debatemos com a Assembleia Estadual e agora é lei. Somos o primeiro Estado que tem isso institucionalizado", explicou no final.

O tema da palestra deveria ser "O Equilíbrio Federativo e o Desenvolvimento Sustentável", no que Eduardo tocou de forma genérica. O foco foi um balanço de seus seis anos e meio de governo, com dados e índices obtidos contra a violência e nas políticas de saúde, educação e crescimento econômico. O PIB do Estado aparecendo com média acima da União e do Nordeste.

Eduardo lembrou que o Brasil deixou de crescer nas médias dos anos 70 (regime militar) e início dos 80, mas ganhou a redemocratização, a institucionalização do País com a Constituição de 88, conquistou a estabilidade com o Real e teve conquistas sociais inquestionáveis com Lula, ampliadas por Dilma. "Perdemos duas décadas (80 e 90) e a crise de 2008 ainda nos afeta. Temos que torcer para que o governo (Dilma) dê certo, mas precisa começar a discutir as soluções. Faltam infraestrutura, inovação tecnológica e formação de mão de obra".

Ao expor seu governo, quando tocou na perda de recursos pelos municípios, a estrela da palestra foi o fundo estadual de desenvolvimento municipal (FEM), que criou para destinar R$ 228 milhões para as prefeituras aplicar em projetos. (A.M.)

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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