quinta-feira, 12 de junho de 2014

Para Aécio, discurso de Dilma na TV é 'ilegal' e 'campanha eleitoral'

• Senador e pré-candidato do PSDB à Presidência afirma que petista quis se apropriar do 'sucesso da seleção' em pronunciamento em rede nacional

Luciana Nunes Leal – O Estado de S. Paulo

RIO - O pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, acusou nesta quarta-feira, 11, a presidente Dilma Rousseff (PT) de ter convocado ilegalmente cadeia nacional de rádio e TV para falar sobre a Copa do Mundo, na noite dessa terça, 10. "É triste a presidente da República querer fazer reviver os tempos da ditadura, se apropriar do sucesso da seleção, como fez ontem, acintosamente, em mais uma ilegal convocação de cadeia de rádio e televisão para a visar ao Brasil que vamos ter Copa a partir desta quinta-feira. Isso é usar dinheiro público para fazer campanha eleitoral", afirmou o tucano.

Aécio também criticou os discursos de Dilma nas convenções do PMDB e do PDT, realizadas na terça. "As participações da presidente da República foram absolutamente patéticas, falando de medo, culpando a oposição pela inflação e pelo baixo crescimento econômico. Ela esquece que o passado são eles, o passado dos últimos 11 anos são esses que estão no poder", afirmou o senador, que compareceu ao velório do ex-governador do Rio Marcello Alencar.

Aécio disse que pesquisas eleitorais indicam a realização de segundo turno e fez uma ironia, dizendo que é preciso levar em conta a hipótese de Dilma não chegar a disputar a segunda etapa do pleito.

Marcello Alencar. O pré-candidato destacou a atuação política do ex-governador do Rio, morto nessa terça aos 88 anos, e disse ter perdido um "amigo e conselheiro", além de companheiro de partido.

Para o senador, a chegada de Marcello ao PSDB, em 1993, aproximou os tucanos do eleitorado popular e de baixa renda do Rio de Janeiro.

"Marcello soube levar a mensagem do PSDB a regiões onde o partido tem tido as maiores dificuldades de penetração. A verdade é essa. Fica a grande sinalização. Marcelo era o PSDB próximo do povo, como precisa voltar a ser. É o que temos tentado fazer."

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