• Candidato tucano menciona, em programa no rádio, último levantamento de intenções de voto em que ele subiu quatro pontos, mas segue atrás de Dilma e Marina
José Roberto Castro - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, explorou no horário eleitoral do rádio da manhã desta quinta-feira, 18, o resultado da última pesquisa Ibope, que apontou queda e oscilação negativa das adversárias Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) e a alta do tucano. Até o fim de agosto, Aécio ocupava o segundo lugar isolado nas sondagens, mas caiu para terceiro depois da entrada de Marina na disputa.
"[O resultado] mostra que o jogo está apertado", disse o locutor do programa eleitoral do PSDB. Os narradores destacaram o fato de Aécio ter sido "o único que subiu" e a redução da vantagem de Dilma sobre ele em um eventual segundo turno. O programa ainda utilizou um canto, tradicionalmente usado por torcidas de futebol em estádios, dizendo que "o campeão voltou".
Na pesquisa divulgada nessa terça, 16, Aécio subiu quatro pontos porcentuais, de 15% para 19%, enquanto Dilma caiu de 39% para 36%. Marina oscilou de 31% para 30% e sua vantagem em relação ao terceiro colocado diminuiu de 16 para 11 pontos.
Em seguida, Aécio falou das dificuldades de se implantar projetos no governo federal. Sem citar o nome de Marina Silva, candidata frequentemente atacada sob o argumento não ter força política, Aécio disse que o mundo político é duro, "até cruel". O tucano disse ainda que "no governo, ou você comanda ou é comandado". "Sonhar, todo mundo sonha. Agora quero ver mudar as coisas de verdade", disse Aécio.
A campanha de Marina repetiu o programa exibido na televisão, na terça, com trechos de um discurso feito em Fortaleza em que a candidata lembrou ter passado fome na infância. Em razão de sua história, argumentou, ela não poderia acabar com o programa Bolsa Família.
Já a propaganda de Dilma ignorou seus adversários e falou sobre projetos para micro e pequenos empreendedores, mesmo tema abordado durante o horário eleitoral da televisão da terça-feira. A candidata do PT exaltou o Simples Nacional e disse que, na prática, ele é o início da "reforma tributária que todo o nosso País reivindica". A petista chamou a burocracia de "praga" e prometeu que o processo de abrir ou fechar uma pequena empresa vai demorar "apenas 5 dias". Hoje, segundo a própria Dilma, são necessários, em média, 107 dias. / Colaborou Lilian Venturini
Nenhum comentário:
Postar um comentário